Capítulo 8

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Finalmente eles chegaram na cidade de Beloar. Era uma cidade que fazia fronteira com o outo país. Zero achou que ali fosse bom para se passar alguns meses, soube que nesta cidade muitas coisas estranhas aconteciam e havia poucos que resolvessem os casos. Além do mais, ninguém ali deve conhecer Elleanor.

Ele saiu da carruagem se espreguiçando completamente. Estava mais dolorido que um senhor de idade. Suas costas latejavam e tinha cãibras nas pernas. Elleanor saiu observando o céu ensolarado e o lugar em volta. Zero foi ajudar o cocheiro a tirar as malas do compartimento e olhou brevemente para a menina que se esticava completamente. Parece que a sua presença a deixava tensa. Compreensível, ele não esperava outra coisa.

Por enquanto, ele iria se instalar em uma pensão ali perto na periferia. Além de serem mais baratas, eram mais reservadas. Zero pagou o cocheiro uma boa quantia e um bônus por ter feito uma viagem tão tranquila. O homem lhe agradeceu muito e saiu dali os deixando sozinhos. Elleanor pegou suas malas e seguiu Zero em silêncio pelas ruas movimentadas estreitas daquele lugar.

Achar uma pensão foi mais difícil do que ele imaginava. Muitos exigiam saber quem era a moça e até procuravam anel em seus dedos. Eles não queriam problemas com moças de famílias. O que deveria ser bem comum, mas Zero não esperava essa resistência toda para se alugar quartos separados.

— Ela é minha irmã — Zero afirmou a dona de mais uma das pensões depois de estar cansado de procurar. A mulher os analisou bem.

— Muitos dizem isso — ela retrucou imparcial. Zero respirou fundo. — E vocês não se parecem irmãos. — disse analisando-os cuidadosamente.

— Mas somos! — Zero exclamou sério. —, e precisamos de quartos ... — Ele falou a fitando.

— Infelizmente estamos sem quartos — ela disse pro fim.

Zero bufou e saiu dali carregando as malas muito irritado. Quando ele estava sozinho era tão simples, ninguém duvidava de suas palavras. Ele se sentou em um pequeno banco de madeira em uma praça simples que ficava em frente àquela pensão. Já estava escurecendo e eles precisavam achar um lugar para ficar. Ele caiu em pensamentos, precisava encontrar uma solução, qualquer coisa. Foi então que se deu conta que a menina havia desaparecido. Zero se levantou a procurando.

Logo a avistou vindo em sua direção. Ela parou em sua frente.

— Onde estava? — perguntou irritado.

— Eu achei uma pensão — disse sem olhá-lo nos olhos. — E... — Ela abriu sua mão e mostrou uma aliança ali. Zero piscou. — Nós não somos tão parecidos, senhor. Óbvio que não acreditariam que eu sou sua irmã.

— Os irmãos não são totalmente iguais...— Ele estava inconformado. — Além do mais, queria quartos destintos...

— Vai ver tiveram experiências ruins com isso... Melhor não dizer que somos irmãos.

— Muito pior se acharem que somos marido e mulher. Você é muito jovem — ele reclamou e Elle sorriu o olhando. Parece que a vida estava voltando àquele seu olhar.

— Irei fazer 17 anos em breve e há moças que casam mais novas que eu, não lhe quero ser um estorvo mais do que fui. — Ela pegou sua mão e lhe colocou a aliança em seu dedo. Zero piscou notando que as mãos dela eram pequenas e delicadas e estavam geladas, será que ela estava nervosa? — Parece que coube bem, achei que fosse errar a medida... — Ela mostrou a aliança em sua própria mão, então piscou ruborizando. — Não são caras, comprei prontas em uma joalheria ali perto, mas servirá para conseguirmos uma vaga em uma pensão. — Sua voz estava calma o que o fez se acalmar também.

UM DETETIVE PARA LADY EVENS (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now