Verônica alcântara
Horas antes da festa
— Tem certeza que será hoje, após a festa? — Digo.
— Sim, o tal Keiko Queiroz me garantiu que seria hoje — diz Breno. — Porém ele exigiu parte do valor antecipado, e está me esperando no beco ao lado do restaurante para receber o montante.
— Você é burro ou o quê? Como pode marca com ele no mesmo lugar que você marcou comigo.
— Não se preocupe gata, esse restaurante é bem reservado e seu dinheiro já é o suficiente para manter minha boca bem fechada. E também tenho contas para acerta com aquela vadia.
Diz o cara mal-encarado e cheio de tatuagens que sentou sem cerimônias em nossa mesa. Olho feio para Breno e me levanto em um pulo, porém o troglodita me segura pelo pulso e diz:
— Não ouse sair sem antes me entregar meu dinheiro. É muita grosseria fechar um negócio sem honra sua dívida. Também tenho contas para pagar sabe, e dependo do dinheiro do meu "modesto" trabalho.
Puxo meu braço com força e volto a me sentar, então digo:
— Não ouse me tocar novamente.
Pego a bolsa ao meu lado e empurro em seu colo.
— Espero que faça um bom trabalho, pois preciso me livrar desse problema o mais rápido possível e a partir de agora tudo será tratado só com Breno, não ouse mais falar comigo.
Saio sem nem olhar para trás.
Keiko Queiroz
— O rebolado é mais perigoso que a mulher que o porta — digo a Breno.
— Não disse para ficar no beco? — questiona Breno ignorando meu comentário.
— Gosto de conhecer quem me contrata, e só recebo ordem de quem me paga — falo isso com sangue nos olhos.
Odeio ser mandado, ainda mais por um playboyzinho como ele, mas depois que meus pais morreram, Keila e eu herdamos seus inimigos e em um passe de mágica eles liquidaram a empresa e os bens do meu pai, deixando minha irmã e eu a merce da própria sorte, porém, eu faço minha sorte. E meu orgulho só se dobra para quem pagar mais, nesse caso, foi a loira que saiu a rebolar.
— Ok, agora você já a conheceu é ela deixou bem claro que não quer voltar a vê-lo, então trate de me bajula se quiser receber o resto da grana—diz o playboy.
Meus punhos já estão cerrados, mas tento me acalmar, pois, querendo ou não, dependo desse idiota para receber o resto da grana.
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Roboticamente Humano
RomanceScott Reboot Enquanto os homens perdem sua humanidade, por medo de parecerem fracos ao demonstrarem seus sentimentos, um ciborgue recém formado como eu, faz o caminho inverso. Depois de três anos de coma, acordei com algumas atualizações que inclui...