Capítulo 28

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Scott Reboot

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Scott Reboot

- E aí irmão, como a Helena está? - pergunta Mauro.

Levanto a cabeça e olho em sua direção. Não sei quanto tempo faz que estou aqui sentado nessa recepção, imóvel, olhando para o mesmo ponto no chão.

- Ainda não tenho notícias, mas faz tempo que eles a levaram ainda desacordada.

- Certo, vou entrar e ver o que está acontecendo. É nessas horas que compensa o fato ser Médico e CEO desse hospital.

- Ah, mandei que trouxessem o Keiko Queiroz para esse hospital também- informa Mauro.

- Ficou maluco ou o quê? -Esbravejo.

- Temos que manter esse cara vivo Scott, você bateu tanto nele que foi um milagre ele não ter morrido.

- Antes tivesse - engulo em seco mediante minhas próprias palavras, pois sei que não devo desejar a morte de ninguém, nem mesmo de um desgraçado como aquele.

-Não diga isso nem de brincando, pois se ele morrer você vai ter que responder por assassinato alegando legítima defesa, e suas modificações cirurgias viriam depor conta você. Sua esposa não merece passar por isso também.

Lembro do comando de Helena mandando que eu parasse de espanca-lo, lembro-me do medo em seus olhos. Se não fosse ela eu teria mesmo o matado.

- Mauro, a IA assumiu o controle mais uma vez, como na boate com Mia. Se não fosse a voz da Helena eu não teria saído do transe, se minha esposa não gritasse eu não teria conseguido parar de espanca-lo -sussurro com medo que alguém me ouça.

Ele me olha assustado e meio confuso e logo diz.

- No sistema remoto da sua IA consta que você tem agora total controle. Como ela assumiu o comando? Isso só aconteceria se você permitisse.

-De certa forma acho que permiti, pois eu Gritei por ajuda para a IA. E só quando ouvi a voz da Helena que voltei ao comando novamente.

Eu me olha pensativo e retruca.

- Acho que a Helena se tornou uma âncora para você. Pois quando você fica incapacitado de dar comandos para a IA, ou seja quando você se perde dentro de si mesmo, a IA passa a reconhece apenas a voz da Helena em lugar da sua.

- Certo, entendi. Mas eu nunca dei tais instruções para IA - replico.

- E nem foi preciso dar, pois a Helena é a pessoas mais importante para você, creio que a IA só se valei desse dado para determinar o segundo no comando.

Dou um breve aceno com a cabeça em afirmação e Mauro vira as costas, sem falar mais nada, em direção a ala do pronto-socorro. Volto a me sentar e encarar o mesmo ponto no chão, perdido mais uma vez em meus pensamentos. Ainda bem que a IA passou a me dar privacidade nessas horas, pois não teria paciência para sua chuva de dados inúteis no momento.

Roboticamente HumanoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora