Coração vagabundo

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João Victor. 💸

Bateu no fundo do peito fi, papo reto. Fui andando pro condomínio dela e me bati com o Art e Pt, olhei pros dois desviando o olhar e passei a mão na nuca.

Art: Tá acabado ein, menor.- Falou me dando uma garrafa de água.

Pt: Bora Jv, tu decide o que tu quer menor. Tô deixando de lado um rolê com a minha mina pra ficar cuidando de tu? Tem quantos anos? - Olhei pro condomínio.

Jv: Eu quero entrar lá e falar com ela.- Apontei.

Eles se olharam e foram me arrastando, não sei o que os menor fizeram, mas conseguiram abrir a garagem falando com o porteiro, a gente entrou por lá e coloquei o número no elevador, foi os três batendo na porta e quem abriu foi ela.

Tava com cara de choro, maquiagem borrada e o braço todo vermelho e arranhando, tinha uma parte que tava até sangrado.

Ayla: Me deixa em paz.- Falou tentando não chorar e tentando fechar a porta.

Entrei fechando a porta e ela pegou o telefone, olhei pra ela vendo ela digitar o número e colocar no viva voz, ela tinha ligado pra polícia e quando perguntou qual era do b.o, ela me encarou ficando calada, enquanto as lágrimas desciam.

Jv: Me perdoa, Ayla? - Falei baixo, olhando no olho dela e ela desligou a chamada, passando a mão no rosto.

Ayla: Você não tá vendo que está me fazendo mal? Me deixa viver, eu não mereço passar por isso.- Falou se afastando e eu fui pra perto dela, fiquei frente a frente com ela e segurei o queixo dela, ela olhou nos meus olhos e eu fiz o mesmo.

Jv: Eu que errei contigo, eu que menti, eu que quis me aproximar pra te derrubar. Eu faria o mesmo que tu vez, na verdade tu nem estaria viva aqui hoje...- Falei olhando pra ela.- Me afundar em droga ou em qualquer coisa não vai me fazer esquecer nada do que eu sinto por você, não adianta.

Ayla: Por favor...- Falou olhando nos meus olhos chorando.- Eu só quero me recuperar.

Jv: Tu me perdoa? - Falei sentindo meu olho arder e ela negou fechando os olhos.- Me perdoa, preta...

Ayla: Vai embora...- Passei a mão no cabelo dela e abracei ela, ela tentou me empurrar, mas apertei ela colocando minha cabeça por cima da sua e beijei seu cabelo.

Jv: Eu só quero que cê me desculpe, eu meto o pé da sua vida depois disso.- Ela colocou as mãos na minha cintura e ficou por um tempo, mas me empurrou.

Ayla: Não te desculpo, muito menos te dou meu perdão agora.- Respirou fundo.- Olha o estado que eu estou, por sua causa. João Victor, você aparecer na minha vida foi a pior coisa, você destruiu tudo, você foi a pior maldição que já me jogaram, de verdade.

Encarei ela engolindo no seco e acabei virando as costas, fiquei sem reação, tudo passou em dois segundos, me arrependi de subir e de pedir qualquer coisa, sai sem saber o que falar e os meninos não insistiram em nada também, só saíram calados comigo.