Minha tempestade

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Seguindo o chamado de Aizawa, conseguimos nos esgueirar com segurança próximo ao prédio, para descobrir o que de fato ocorrera. Com o plano de descobrir se haviam feridos, naquele sábado que a escola estaria "praticamente" vazia, nos aproximamos ainda mais, sem perceber que o perigo residia mais a diante. O estrondo causado anteriormente, retorna rígido e mais assustador, a medida que golpes eram depositados na enorme estrutura.

– Vocês, fiquem aqui.– Aizawa se infiltrou no prédio, depois de me dar um olhar singelo– E me obedeçam desta vez.

– É óbvio que não vamos escutar ele.– Kacchan deu de ombros– Eu vou acabar com quem quer que seja atacando a U.A!

– Vamos deixar ele ir, precisamos confiar no nosso sensei, da mesma forma que ele confia em nós.– Midorya observava o arredor com distinção.

– Mesmo que não queiramos quebrar a sua confiança como diz, há coisas mais importantes do que isso, como a vida dele por exemplo– Shoto deu um passo a frente.

– Vocês querem parar com isso, vão me deixar maluquinho!– Mineta tirava as bolas de porte médio da cabeça compulsivamente, a mesma já estava sangrando– Nós nem sabemos o que é, vamos deixar com ele de uma vez!

– S/n, o que você acha?– Uraraka segurou minha mão.

– Acho que devemos...

De repente, vimos Eraserhead ser lançado do prédio, como uma mãe joga a sua Havaianas no filho. Com um puxão rápido, Hawks, o atual número dois, o segura no ar, descendo rapidamente. Preocupada, tentei correr para saber o estado de meu pai, o que não foi possível, graças ao puxão de Midorya me colocando contra o próprio peito. Elevou o mesmo, meus olhos adiante ao prédio, onde víamos claramente uma mulher rebater suas  chamas contra as de Endeavor, que não desiste apesar da habilidade da outra. Não vemos o seu rosto, está por entre os escombros e ainda resiste.

– Conhecemos ela?– Kirishima depositou o indicador debaixo do lábio– Ela me parece muito familiar.

– Estou contigo cara, de onde será que vimos seu rosto?– Denki cruzou os braços.

Me desvencilhei dos braços de Deku, e corria em direção a Aizawa que desacordado, me olhava com cautela. Meus pés descalços, eram cortados pelas pedras ao meu redor, mas  não tem porque eu me importar tanto com isso. As asas vermelhas de Hawk se moviam pelo ar, pois agora que me viu, deixou o moreno aos meus cuidados para ajudar o nosso número um. Porém, antes que os mesmos dessem conta, a mulher havia evaporado como água num dia de verão.

– Shouta!– me joguei ao chão– Você está bem? Como se sente?

– Os seus olhos...– ele gemeu, uma ferida inesperada surgiu no estômago– Os olhos dela...

– Por favor, se afaste.– Hawks sorriu– Não se preocupe, ele vai ficar bem, foi só um arranhão de leve.

                                     (...)

Após minha sexta tentativa falha de ver Aizawa, que parecia estar recuperado no hospital, me jogo no sofá cansada. O barulho que o professor Cementos e outros mais fazem lá fora, é insuportável a ponto de cobrir meu rosto com a almofada a minha direita. O ar quente, que me impedia de respirar perfeitamente fora completamente dissipado por Ochaco, que com um sorriso estendeu a mão que eu agarrei rapidamente.

– Ele vai fica bem, relaxe.

– Não é com isso que estou preocupada.– apontei para as malas próximo a porta, juntamente com o papel de meu guardião legal– Minha cabeça tá cheia de tudo isso, eu deveria me mudar e recomeçar? Eu deveria apenas ficar aqui servindo se babá/empregada de vocês e do Aizawa? Eu reclamo demais também, que saco S/n.

Look To Me - Imagine BnHAWhere stories live. Discover now