Seoul town road remix

Começar do início
                                    

O celular tocou de novo na mesa da cozinha, onde Micha a observava em silêncio, e ela parou finalmente sua caminhada pelo cômodo. Encarou Micha, que olhava o visor do aparelho apenas para ajudá-la. Sem perceber, já estava com a mão na boca de novo, tentando roer o toco de unha que havia restado no dedão.

— É ela. — respondeu a menina ao ler o nome da mãe de Nari.

— Pode desligar, querida? — pediu Nari, voltando a andar de um lado ao outro. — Já sei o que ela vai dizer, não sei porque perde tempo tentando me ligar. Vai dizer que eu estraguei o nome da empresa, que eu envergonho a família, que eu deveria me preservar ao invés de ficar saindo com gente famosa. Conheço o discurso. — falou mais para si mesma do que para a menina.

Parou imediatamente sua ladainha ao ouvir a senha da porta. Greta entrou como um furação, batendo a porta atrás de si e arrancando a blusa pesada, a máscara e o boné. Como ela odiava ter que se cobrir toda assim. Fazia com que se sentisse uma criminosa. Jogou tudo no sofá e sentiu mais do que viu, o aperto do abraço de Nari de um lado e o olhar indagador da filha do outro.

— Nari, eu sinto muito... — falou ao ouvir o suspiro sentido de Nari.

— Pelo que? — perguntou a moça, confusa.

— Por tudo isso... é o seu nome e o da loja que estão na notícia sobre o evento.

— Ah, isso na verdade ajudou. Vendemos todas as peças desenhadas por Lola depois da notícia. Não é isso que é urgente. Já viu a que vem depois!? — perguntou arregalando os olhos.

— Já... mas mal dá para saber que sou eu e...

— Do que você está falando?

— Não é da foto do Yoongi?

— NÃO! TEM UMA MINHA COM O HOPE! — gritou. Correu pegar o celular da mesa e desligou mais uma ligação da mãe antes de abrir a notícia.

Logo depois da foto de Greta, vinha a foto dela na entrada do prédio. Enquanto a foto da brasileira com o rapper não mostrava praticamente nada além de duas pessoas desfocadas no escuro, a de Hoseok mostrava o perfil de Nari com perfeição. Qualquer um que tivesse passado os olhos pelas colunas sociais mais do que duas vezes saberia que se tratava da filha mais velha da família Kang, dona do conglomerado de mesmo nome em Seul e de uma das maiores grifes de moda do país. A foto não mostrava Hoseok com clareza, mas Greta percebeu que era ele mesmo por baixo da jaqueta, do gorro e da máscara. Era meio impossível não reconhecer J-Hope depois de conhecê-lo pessoalmente.

 Era meio impossível não reconhecer J-Hope depois de conhecê-lo pessoalmente

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Interlude (Suga)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora