Prólogo

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2001
“Aniversário de oito anos do Primogênito do Empresário Paulo Vasconcelos”






William acordou de manhã animado, ele sabia que seu dia seria cheio de surpresas e repleto de presentes. Hoje Will está completando oito aninhos, ele nunca compreendeu direito os adultos, muitos deles reclamam dos aniversários ou datas comemorativas, para o Will comemorar seu aniversário era magnífico. 
A sua família se reunia, todos felizes e contentes. Ele conseguia brincar com todos os seus amigos e comer muuuito brigadeiro. Era um paraíso para uma criança de apenas oito anos que estava começando a desvendar o mundo.
Will fez sua higiene matinal, escovou os dentes e lavou rosto, depois vestiu o seu conjunto preferido do Buzz Lightyear. Ele amava tudo relacionado a Toy Story, os personagens e também o enredo cheio de aventuras, amava os brinquedos infantis criando vida. Era um mundo mágico, mas apesar de amar as animações da Disney, William não era uma criança que acreditava em Papai Noel ou Coelhinho da Páscoa. Ele sempre foi muito racional.

Como um coelho bota ovos?

Como Renas podem voar se não tem asas? 

E o pior: como um senhor idoso consegue distribuir milhares de brinquedos em uma única noite?

Não tinha lógica… 

Eram perguntas que nunca foram respondidas com total segurança pelos adultos, eles ficam paralisados ou hesitam para pensar. Will sempre achou estranho essa hesitação para perguntas tão simples.

— Will; — A sua babá entrou no quarto, com suas bochechas coradas e seu olhar alegre. Ela carregava consigo uma bandeja, recheada de comida e com uma pequena caixa de presente. — Você já acordou, queria fazer uma surpresa.

O menino analisou a bandeja por alguns segundos, abrindo um sorriso descontraído.

— Você está sempre atrasada, Loly.

Ele sentou-se na beirada da cama, esperando a babá colocar a bandeja ao seu lado.

— Espere até descobrir o que sua mãe está fazendo lá em baixo. Ela decidiu cozinhar…

 
— A mamãe? — Will fez uma careta. — Ela é péssima cozinhando.

— Eu sei, mas ela pretende decorar a mesa com balões azuis e…

— Acho que é uma péssima ideia.

Loly gargalhou. 
Ela tinha que concordar!
A Família Vasconcelos era riquíssima, proprietários de vários hotéis de luxo na cidade. Uma família que poderia ser esnobe ou evitar contato amigável com os funcionários (como a maioria dos ricaços que fazem parte do nosso País), mas seus patrões eram alegres e participativos, principalmente na vida dos filhos. Leonor Vasconcelos, tinha uma paixão imensurável pela família, sempre dedicada e muito amorosa com todos a sua volta. No entanto, era um “pouco” estabanada na cozinha e constantemente estava quebrando alguma coisa. É uma desajeitada digna de prêmio Nobel, ninguém no mundo consegue superar a Dona Leonor, até mesmo as crianças reconhecem a dificuldade da mãe.

— Ela só quer alegrar o seu dia.

— Balões são armas letais nas mãos da minha mãe. — respondeu Will num tom sarcástico. 

Ele amava a mãe com todo o seu coração, mas na última vez que ela tentou fazer um bolo quase ateou fogo na Mansão da família. William ainda recordava dos Bombeiros chegando para apagar o fogo, da correria e do desespero.

— Que cruel… A Dona Leonor gosta de participar, e são apenas balões.

— Está bem, Loly. Você está certa, são apenas balões inofensivos… — Will pegou uma torrada. — que podem danificar um tímpano quando estouram.

Milionário Sedutor (DEGUSTAÇÃO).Where stories live. Discover now