Viagem

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Melissa falando:
Acordo por causa dos raios de sol, que entravam pela janela e batiam no meu rosto mas não queria abrir os olhos, muito menos me levantar e como tal, puxo o cubertor para me tapar até cima e tentar pegar no sono, de novo.

Tentativa falhada pois segundos depois o aroma a café invade as minhas narinas e sabendo que não ia conseguir voltar a dormir, e que tinha que me levantar, suspiro mal humorada, e arranjo o valor necessário, não sei onde, para me destapar e abrir os olhos. A primeira coisa que percebo ao fazer isso é que não estava no meu quarto. Tinha voltado a dormir com ele e pelos vistos isso não o incomodava porque nunca me disse nada a respeito. Logo asseguir é o André que aparece diante dos meus olhos a olhar para mim com um sorriso no rosto que não conseguia decifrar:

- Bom dia coração! Dormis-te bem?

- Sim! E tu?

- Uhum! —só agora que reparo que trouxe o pequeno almoço para tomarmos na cama...fofo—

- Babygirl... —senta-se a minha frente metendo o pequeno almoço entre nós os dois e passa-me uma das taças de café—

- hmm?

- Vou viajar, a negócios

- Quanto tempo? —não estava com muita vontade de comer, por isso dedico-me a beber o café enquanto olhava para um ponto fixo do quarto e prestava atenção ao André—

- 3 dias.

- É bastante tempo. 3 dias, não vai dar.... —ele acaricia o meu rosto para me consular e eu desvio o olhar da parede para ele—

- Eu volto rapido linda

- Quando vais?

- Esta noite

- Então hoje podemos sair? Tipo, ir dar uma volta ou assim. Vamos a piscina!

- Não, não preferes ficar em casa comigo a ver filmes? Podemos fazer uma maratona de filmes e depois descemos e passamos a tarde na piscina de cá de casa.

- Hmm, tá —não gostei. Não gostei nada da atitude dele e de como ele tentou reverter a situação com palavras doces e carícias no rosto. Mesmo assim, passamos a manhã a ver filmes e a tarde inteira na piscina, no jardim traseiro da casa.

Eram umas 6pm e eu ainda estava no jardim, com os pés dentro de água e com os fones nos ouvidos, a ouvir música, quando sinto umas mãos a abraçar-me por trás e logo asseguir um beijo molhado no meu ombro:

- Vamos tomar banho coração?

- Vai tu nei, eu quero ficar cá fora mais um pouco

- Mas ficaste a tarde toda cá fora —encolho os ombros despreocupada—

- Mas eu quero ficar mais.

- Melissa, não faz bem apanhar tanto sol

- André, levo apenas umas horas aqui fora, não exageres. —não podia dizer que estava zangada mas também não estava de bom humor e nem com cabeça para os exageros dele—

- Olha o tom Melissa. Não podes me falar assim. Sou o teu daddy, não o teu amigo ou namorado. Não tens o direito de refilar, mandei-te entrares e vais entrar.

- Tenho bem claro o que és meu. —levanto-me e vou para dentro mas não para o quarto dele. Vou para o meu, trancado a porta por dentro—

Depois de uma hora debaixo da água quente, saiu da cabine de duche e enrolo uma toalha à volta do corpo, como se costume, para sair da casa de banho e ir vestir algo leve já que não pensava sair mais do quarto hoje.

Não preciso mencionar que o André bateu várias vezes a porta, até se chateou e começou a gritar por não ter aberto quando ele mandou.
Não posso dizer que estava zangada com ele, não estava. Só estava de mal humor e tinha reagido mal ao que ele me tinha dito.

Olho em direção a porta quando se ouve um outro toque na mesma e 1 segundo depois um papelzinho, dobrado, a entrar no quarto, por baixo da porta.

"Desculpa pelo o que disse a pouco. Prometo compensar-te depois destes 3 dias. Beijo"

- Compensar-me? Como? —digo mais para mim mesma que para ele mas é ele quem responde, do outro lado da porta—

- Abre que eu mostro como... —e sabem como diz k ditado..."a curiosidade matou o gato", neste caso, a curiosidade "matou" a gata. Abri a porta e segundos depois disk estava entre o daddy e uma parede, sem possibilidade de escapar—
>>...assim ...

Salta da minha boca, diretamente para o meu pescoço e zona da clavícula, deixando vários chupões naquela mesma zona enquanto, com uma das mãos tirava a toalha do meu corpo e começava a estimular-me para me provocar cada vez mais.

Sabia o que fazia, não nego. Sabia como me provocar e isso, por um lado, era uma desvantagem para mim porque não fazia mais que me fazer cair na tentação, como agora. Que estava a curtos minutos de ter um orgasmo e ele sabia muito bem disso porque aumentava os movimentos circulares, que o pulgar dele fazia sobre o meu clitóris, e aumentava a força com a qual me masturbava:

- Lembra-te de uma regra primordial do nosso contrato babygirl —diz colando o meu corpo ao dele e metendo uma das pernas entre as minhas para que não as pode ser fechar— não tens permitido dar-te prazer sozinha, a menos que eu diga—

Parou. Ele parou de brincar quando estava a beira do orgasmo e sei que fez de propósito para me deixar na vontade...

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