Capítulo 32

1.5K 166 46
                                    

Já na secretária Harry continuava em choque após ter ficado a saber de toda aquela informação, a sua cabeça enchia-se de questões e muitas delas eram sobre o porquê de ele estar ali.

Na cabeça de Tom muitas perguntas surgiam também, mas sobre os tios de Harry e o porquê de aquele menino "famoso" ter sido tratado daquela forma quando os seus tios podiam-o ter usado para ganhar dinheiro.

-Disseste que ias responder a todas as minhas perguntas...

-Eu vou Harry. Podes começar, depois quero fazer-te uma proposta.

Harry suspirou e abaixou a cabeça dirigindo o olhar para as suas pernas magras. Qual seria a proposta de Voldemort?

-Porque é que eu estou aqui? Porque é que me raptas-te em vez de me matar? Não era muito mais fácil te-lo feito logo?- a respiração de Harry estava acelerada e Tom franziu a testa com aquela pergunta.

-Penso que essa pergunta tem a ver com a proposta que tenho para te fazer, se não te importares falaremos sobre isso no final desta conversa.-Tom parecia calmo.

-Ok, tudo bem. - Harry suspirou novamente e fechou os olhos com força- como está Draco?

Tom arregalou os olhos como se estivesse admirado

-Harry tu podes-me perguntar literalmente tudo o que quiseres! E o que tu me perguntas é se o Draco está bem?-Harry sentiu a raiva a subir.

-Sim Voldemort! Draco é o meu namorado e eu amo-o! Sabes o que é amar Voldemort? Sabes? Acho que não! Mas...

-Calado!- interrompeu Tom- Harry eu sei o que é amar e sei o que é ser amado! Podes não acreditar mas eu amo alguém, uma pessoa que não posso ter por causa dos perigos que trairia para ela! -Harry acalmou-se e a sua respiração tornou-se mais lenta e relaxada- Eu sei que quando se ama uma pessoa tem-se sempre a preocupação de saber se ela está bem ou não. Sei que ela é a primeira pessoa que pensas ao acordar e a última que está na nossa mente ao adormecer. Sei que é com ela que se tem os melhores momentos e as melhores conversas. -por trás de todo aquele discurso existia uma dor sufocante de quem já não sabia mais o que fazer, a respiração de Tom acelerou muito mais e ele colocou as mãos sobre a sua fase escondendo a sua raiva e os seus olhos carregados de lágrimas. Após um momento Tom suspirou. -Eu pensei que não amasses o Draco muito sinceramente. -Tom levantou a mão e por magia a imagem de Draco na sua cama em Hogwarts apareceu. Ele estava deitado a dormir, mas parecia cansado como se tivesse passado noites sem dormir. Harry sentiu-se culpado de ter cometido um erro grave como aquele que cometeu na noite em que Voldemort o levou. -Pronto, Harry, já sabes como está Draco.

Harry manteve o seu olhar no homem à sua frente que continuava de cabeça baixa.

-Só mais uma coisa. -Harry fez uma grande pausa- estavas a falar de quem nesse discurso todo que fizeste?

Tom levantou a cabeça rapidamente sentindo uma leve tontura. Como assim Harry Potter havia notado que ele estava realmente a falar sobre alguém.

-Tom não fiques a pensar em desculpas para dar. Eu sei que estavas a falar sobre alguém e tu disseste que ias responder a todas as minhas questões. Estou à espera!

-Harry...- Tom suspirou- Eu não quero falar sobre isso. Mas acho que vais ficar a saber com o passar do tempo.

-Passar do tempo? Que tempo?

-Harry sobre a proposta que tenho para te fazer- Tom olhou Harry nos olhos e fez uma breve revisão sobre tudo o que tinha para dizer e pensou se queria mesmo fazer aquilo -Eu quero que fiques aqui durante 3 meses. -Harry abriu os olhos ao máximo

-3 meses? Como assim 3 meses? Vou ficar aqui 3 meses a fazer o que? - a respiração de Harry já estava acelerada e a ideia de não ver Draco nem os seus amigos durante 3 meses assustou-o.

-Harry peço que me deixes falar e explicar tudo! -Harry suspirou e afirmou com a cabeça- Durante muito tempo eu estive a pensar e acredita que aquilo que tu me disseste à pouco é verdade e tens razão, eu não tenho de julgar todos os muggles só por o meu pai ter sido horrível, devia ter feito como tu, ignorado e ter lidado com isso. Mas eu nunca consegui porque o meu pai deixou a minha mãe morrer, ela não lutou mais porque antes do parte ela disse-lhe que era uma bruxa e ele passou-se... ele foi mesmo horrível e eu matei-o e gostei! Gostei da sensação de matar uma pessoa indefesa. Mas eu arrependi-me com o passar dos anos. Aquilo já não tinha mais lógica para que é que eu estava a matar seres não mágicos sendo que o sangue deles é igual ao nosso. Eu fui muito burro e sinceramente já me enerva ouvir os comensais a falar sobre matar muggles. Eu apaixonei-me também Harry e eu estou a zelar pela segurança dessa pessoa e eu sinto-me capaz de fazer tudo por ela e foi por influência dele que eu não comecei a guerra. Eu quero que me ajudes Harry. Quero que me ajudes a ser melhor do aquilo que sou, a conseguir controlar a minha raiva e eu quero remediar todos os meus erros.- Tom parou de falar um pouco- És uma horcrux minha Harry...- a pausa fez-se na mesma- mas não é por isso que eu te quero aqui por 3 meses, é só mesmo porque tu passas-te por tanto na tua vida e acho que me podes ajudar. Harry eu não te vou pender aqui, tu vais poder sair sempre que quiseres só te peço que não fales com ninguém enquanto esses 3 meses. Estou disposto a tudo Harry.- Harry olhou para as pernas novamente e riu baixinho- que se passa?

-Com que então é um "ele". O Voldemort apaixonado por um homem, eu quero saber quem é é preciso de um dia para pensar sobre isso.

Naquele momento baixas batidas foram ouvidas na porta é uma cabeça com o cabelo pelos ombros apareceu. Rabastan olhou envergonhado e um pouco corado.

-Tom desculpa interromper- baixou o olhar- Lucius Malfoy está lá fora e diz que quer ver-te. Falou em alguma coisa do filho estar mal, não percebi muito bem.

Quando Harry olhou de novo ar Voldemort entendeu de quem era aquela pessoa que ele tanto falava por trás das suas palavras escondidas. No olhar dele era possível ver amor, e ele perguntava-se se o olhar dele era assim quando ele olhava para Draco.

-Obrigada pelo aviso Rabastan, diz-lhe para me dar 2 minutos.- Rabastan apenas saiu - Harry acompanha-me vamos falar com a merda do Malfoy- Harry riu da menção que Voldemort fez relacionado com Malfoy.

Chegando à sala principal Lucius Malfoy caminhava de um lado para o outro.

-Diz Malfoy! Interrompes-te a minha reunião.

-Senhor... Potter? Porque ele está aqui?- disse Lucius com cara de nojo

-Está aqui porque quem manda sou eu! Que queres?

-O meu filho ele...- o olhar de Lucius estava focado no de Harry- mandaram-me uma carta a dizer que ele não sai do quarto e nem tem andado a comer direito desde que o Potter desapareceu. -Harry ficou preocupado

-Ele vai ter de se habituar! Pelo menos nos próximos meses Harry não vai voltar. Não é assim Harry? -Harry apenas assentiu, ele não sabia o que se estava a passar com ele, mas pensava que aquilo talvez o pode-se fortalecer- Então Lucius, o teu filho vai ter de se habituar.

Tom virou costas seguido de Harry, e quando estava a chegar à porta virou-se para trás:

-Mas eu acho que já não és um pai para ele e talvez lhe faça bem um tempo assim longe de Harry, talvez o ajude a crescer e controlar-se um pouco- Harry não entendeu aquilo mas decidiu ignorar.

Lucius bufou e Tom e Harry saíram.

-Eu aceito Voldemort!

-Boa escolha, chama-me Tom!

Com todo o meu amor Where stories live. Discover now