Com todo o meu amor

Capítulo 5

Por Harry

Como assim ele gostava de mim? Malfoy acabou de sair daqui a correr. Não percebi o que deu na cabeça daquele miúdo. Mas enfim nem vou pensar nisso, deve ter tomado alguma poção que lhe deram ou alguma coisa do género.

Estava a ficar tarde, 23:40, era melhor eu ir para dentro e assim o fiz.

No entanto fui parada por uma figura feminina de cabelos ondulados bastante desarrumados, Hermione. Mas ela não estava como o costume, estava inquieta e aflita, como se algo de mal fosse acontecer. Quando me viu ela correu até mim a chamar o meu nome de forma obcecada.

-Harry! Harry! Harry!

-Que se passa Hermione?

-O que é que aconteceu ali fora com o Draco?‐ ela estava ofegante, parecia realmente preocupada.

-Nada de mai...

- Harry James Potter, vais-me contar agora o que se passou! Ele passou por aqui a chorar! - esperem lá...

-Mas desde quando é que te preocupas tanto com o Draco Malfoy? - a minha pergunta fez com que ela ficasse suspensa no tempo. Mas não durou muito porque logo a seguir ela saiu do transe.

-Eu e ele falamos ontem, sobre muita coisa! Muita mesmo!

-Ele disse-me que gostava de mim -decidi abrir o jogo de uma vez- pediu desculpa por tudo e pediu-me um beijo.

-E tu o que lhe disseste?

-Disse que não gostava dele. Mandei-o desaparecer da minha vida. - Hermione fez cara de espantada.

-Eu não acredito que tu lhe disseste isso... Harry isso é tão mau de se dizer a uma pessoa. Ele está frágil e magoado, temos de o encontrar.

- Eu disse-lhe que fiz sexo com a Ginny ontem. - Hermione parou, até de respirar, fiquei assustado, será que aquela conversa era realmente séria?

-Harry... eu não sei o que dizer...

- Mas eu não fiz!!

- Então porque é que lhe disseste isso?- boa pergunta. Não respondi e mudei de assunto.

- Mas tu agora és amiga dele? Estás preocupada com ele, a dizer que ele está frágil. São melhores amigos?

- Não Harry, eu e o Draco não somos melhores amigos, sabes muito bem que os meus melhores amigos és tu e o Ron, mas eu tive uma conversa com ele ontem à noite, se tivesses aparecido no jantar sabias disso. Aproposito onde é que estavas?

-Eu estava a pensar, precisava de um tempo para mim. mas continua, isso não é importante afinal nem sou obrigado a aparecer no jantar.

-Sabes Harry ontem eu e ele estivemos a falar, e ele também me pediu desculpa por tudo o que fez durante todos estes anos.

-E tu perdoaste-o?

-Sim, Harry perdoei-o. Porque eu ao contrário do que me disseste que disseste conversei com ele e tentei perceber os motivos que o levaram a fazer o que ele fazia com as pessoas em geral antigamente. - Ela tinha razão agi mal, mas eu não sabia o que fazer.

-Hermione ele pediu-me um beijo. O que é que lhe ia dizer? Vamo-nos sentar aqui e conversar?

-Por amor de Deus Harry, ele gosta de ti, que parte disso é que não te percebes?

- Eu tam...

- Meu Deus Harry, no céu.

Quando olhei para o céu a Marca Negra pairava nele, algo de terrível tinha acontecido. A minha cicatriz começou a arder muito e o meu coração também.

Na nossa direção vinha um aluno do 3º ano cujo não me lembrava do nome.

-Potter! Potter! O Dumbledore.

-O que tem o Dumbledore?

-Eles está ele está morto.

O que? O Dumbledore está morto? Como assim está morto. Ao mesmo tempo que a minha cabeça se enchia de perguntas, também os alunos que estavam fora das camas começaram a correr e a espalhar os rumores.

Pelos corredores ouviam-se gritos e choros de desespero. Mas também risos por parte dos Slytherin.

Hermione pôs a mão no meu ombro e disse triste:

-Harry, foi ele. Foi o Draco que o matou e que lançou a marca negra para os céus. -Fiquei estupefacto, o Malfoy era muito maricas para ter feito uma coisa dessas. -Ele ontem disse-me que a vida de estar ao lado do Voldemort não era para ele. Que não se sentia bem em matar pessoas inocentes e destruir as coisas sem motivo nenhum. E depois disse que te ia contar.

-Tu já sabias! Tu já sabias que ele gostava de mim e não me disseste nada!

-Harry para começar eu não te via desde ontem e depois eu não gostava nada que uma amiga minha contasse ao menino que eu gosto que gosto dele! Mas é isso que te importa agora Harry? Era com a tua conversa que ele ia decidir o que fazer. -revoltei-me com aquilo.

-Espera aí estas a dizer que eu devia ter começado a namorar com ele só para ele não fazer merda da vida dele? Hermione olha bem para a família dele! A mãe dele é uma Black, você sabe que tirando o Sirius e a Andromeda, que ainda se aproveita, aquela familia é podre e o pai é um dos braços direitos do Voldemort. Ele não tem escolha.

-Sim ele tem escolha! E eu nunca disse que devias ter começado a namorar com ele, mas devias ter-te sentado com ele e ter tido uma conversa. Não o mandar à merda como fizeste. Aposto que nem sequer o ouviste. - Estava tão chateado com aquela conversa, porque é que ela lhe estava a dar razão? como se ele fosse a melhor pessoa do mundo

-Queres saber Hermione? Foda-se para ele, não quero mesmo saber, ele já estava destinado a ser assim. Não há nada que se possa fazer por essa gente.

Virei costas e fui embora, mas senti a raiva dela nas minhas costas.

Cheguei ao meu dormitório e ele estava vazio, parece que a morte de Dumbledore tirou as regras das horas do recolher. Sinceramente não me fazia muita diferença, já me tinha despedido dele. Ontem na hora de jantar eu estava a falar com ele, sobre o que aconteceu de manhã com o Malfoy, não que isso me tenha afetado. Mas ele disse-me que no dia seguinte (hoje) alguém iria ser mandado para o assassinar e que eu deveria deixar isso acontecer. Não sei porque é que fui obrigado a deixa, mas ele disse que um dia eu iria perceber. Claro que estou triste pela morte dele, afinal ele era uma pessoa também, mas mesmo assim não sei explicar ele era muito de ajudar apenas quem ele gostava. Para não falar que ele fugiu de quase todas as vezes que tivemos problemas. Eu sabia que o iam matar, mas não sabia que ia ser o Dra... Malfoy a faze-lo.

Lancei feitiços de privacidade e fechei as cortinas da minha cama para que pudesse pensar. Mas agora sobre o que a Hermione me disse. Será que estive mesmo errado em ter feito aquilo que fiz?

"Não, não estava em não gosto dele, não posso gostar. Ele é o inimigo. Mas e se ele estava realmente disposto a mudar por mim?"

Quanto mais eu pensava, mais ficava confuso. Nunca pensei no Malfoy dessa forma. Mas sim, fiquei chateado e com ciúmes quando se espalhou pela escola toda que ele e a Parkinson tinham um caso, e fiquei magoado quando ele no Torneio Tribruxo fez aqueles crachás. Mas fiquei pior quando tivemos aquela conversa ontem. Fui mesmo estupido, deixei.me levar por a minha fraqueza e aproximei-me tanto dele que dava para sentir um leve calor produzido pelo seu corpo.

FODA-SE EU GOSTO DO MALFOY!