Capítulo 12

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Por Harry

A minha semana foi muito chata, repleta de aulas e de coisas para fazer. Tivemos jogo de Quidditch, mas eu não me estava a importar tanto com isso como antes, simplesmente não tinha interesse. Mas eu não me sinto triste, não me sinto cansado, só parece que alguma coisa não está bem. Eu sinto que ele não está bem, mas não posso fazer nada e isso deixa-me frustrado e com um sentimento enorme e impotência.

Era sexta feira e amanhã era o dia de ir a Hogsmead, a vontade de ir não era muita mas não ia deixar o Ron e a Hermione sozinhos. Estava no salão comunal da Gryffindor, era cedo ainda e ele estava vazio o que me deu liberdade para pensar sobre o que se estava a passar comigo.

Nunca pensei que iria sentir tanta preocupação com alguém que até à pouco tempo odiava, queria-o aqui mas era impossível. A carta dele nunca mais chegava e nem sei se o Snape realmente a entregou ou se estava simplesmente a gozar comigo para tentar saber dos meus verdadeiros sentimentos pelo Draco.

Estava a ficar com sono também, não tenho dormido nada. Sonhos e mais sonhos relacionados com o Draco estavam a atormentar os meus sonhos frequentemente. Acho que estava só a pensar no pior. Secalhar ele até esta a ser bem tratado.

Deitei-me no sofá a frente da lareira e caí num sono profundo.

-Harry! HARRY!! - gritos pelo menos nome-AJUDA-ME HARRY! DÓI, DÓI MUITO!

Estava numa sala escura, não bia nada mas só ouvia uma voz a pedir por socorro, a voz dele.

-ELE ESTA-ME A MAGOAR! HARRY!

Fez-se luz na sala e vi o Draco, quase despido com várias mãos a passar pelo corpo dele. Havia uma pessoa em específico atrás dele que se ria de uma maneira estridente, alguém que eu não conseguia ver o rosto.

-Draco... Draco não consigo me mexer! -eu tentava me mexer mas não comseguia, estava a fazer todos os meus esforços.

Lágrimas corriam por o seu rosto.

-Imperius- a pessoa atrás dele lançou e de um momento para o outro ele virou-se para trás e começou a beijar a pessoa que estava atrás dele, o sofrimento e o desespero nos olhos dele tinham mudado para um olhar de prazer e vontade. Fiquei ainda com mais raiva.

-Para! PARA COM ISSO!!- gritava eu mas ele não ouvia e continuava agora a montar na pessoa que estava atrás dele.

Nunca senti tamanha dor na minha vida. Eu não entendia aquele sonho.

Continuava a fazer força para me mexer mas não conseguia. Mas as mãos conseguia, notei eu. Peguei na minha varinha.

-Expelilarmus- lançei mas não aconteceu nada.

Lágrimas caiam dos meus olhos enquanto continuava a lançar vários feitiços na tentativa de fazer com que aquilo parasse. Mas nada resultava, até que a pessoa que estava com ele levantou a cabeça. E eu vi o rosto. Era ele... Voldemort..

- SEU MALDITO LARGA-O!!- tentei me mexer novamente e desta vez vá conseguia.

Começei a correr na direção dele e quando estava a 5 passos Voldemort pegou na sua varinha novamente e...

-Avada Kedavra.

Fechei os olhos com a luz verde que foi lançada pela varinha dele. Estava na ideia que ele teria lançado o feitiço contra mim, mas eu continuava alin e estava tudo normal.

Até que olhei novamemte para o Draco, agora morto no chão.

Voldemort tinha desaparecido e o meu desespero começou a subir, as minhas lágrimas caiam ainda mais rápido e eu não me conseguia mexer pelo choque de ver a pessoa que eu gostava ali sem vida depois de um momento tão nojento.

Quando tomei coragem, fui à beira dele e ele estava ainda mais palido do que já era e uma lágrima ainda descia do seu rosto.

Entrei em pânico e abraçei-me ao seu corpo sem vida.

-Hary? Hary?

-HARY ACORDA!!!!

Abri os olhos e Hermione e Ron olhavam para mim aflitos! Estava a chorar ainda e todo soado devido ao sonho que tinha tido.

-O que se passa Harry? O que sonhas-te? Perguntou a Hermione preocupada.

-Eu... eu não sei eu não quero. Estou confuso.

-Foi com ele não foi?- Perguntou o Ron.

Fiquei um pouco confuso porquenós não tinhamos contado ao Ron sobre o Draco ainda. Mas como ele agora passa muito tempo com a Hermione, ela podia-lhe ter contado por isso descidi responder com normalidade.

-Sim foi com ele. Ele estava a sofrer nas mãos daquele monstro. Ele lançou-lhe a maldição Imperius e ele... ele simplesmente o beijou na minha frente e estavam quase a.... Eu não consigo mais aguentar eu tsnho de saber notícias dele. Eu acho que se passa alguma coisa, que ele não esta bem.

-Espera aí o que?- Disse Ron confuso- Estas a falar de quem?

Fiquei confuso também.

-E tu estás a falar de quem?

-Eu estou a falar do Voldemort. Tu não?

-Merda... Pensei quelhe tivesses contado- disse para a Hermione.

-Eu não, pensei que ias faze-lo.

-Alguém me pode dizer o quese está a passar?

Explicamos a história toda ao Ron desde o início.

-Então é isso, eu gosto do Draco Mlafoy.

Ron estava de boca aberta sem saber o que dizer.

-Harry ele... -pareceu que ele parou no tempo e pensou no que ía dizer. - Eu não aceito isso. Não estou a falar de estares com outro homens porque isso é normal. Não aceito o facto de estares apaixonado genuinamente por um Malfoy. Mas irei sempre respeitar a vossa relação- fez o sinal de aspas quando disse a palavra relação- porque sou teu amigo e nunca irei deixar de gostar de ti.

-Obrogada Ron.- abraçei os meus dois amigos- acho que ficaria mais aliviado se já tivesse recebido a carta dele.

-Tem calma Harry, não te esqueças que não podem trocar cartas por coruja normalmente, ainda por cima a familia dele esta a ser mais investigada pelo ministério do que nunca.- ela tinha razão- anda, vamos dormir que já é tarde. Pode ser queamanhã chegue a carta dele.

-Está bem, tens razão Hermione.- dirigimo-nos à entrada dos dormitórios. - Boa noite Hermione.

-Boa noite meninos.

Dormi muito mal aquela noite. Não parava de pensar no pesadelo que tinha tido e se realmente era fruto apenas da minha mente ou se era a realidade transmitida pelo Voldemort para a minha cabeça?

Com todo o meu amor Onde as histórias ganham vida. Descobre agora