Capítulo 2

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Por Draco

Tive muitos pesadelos esta noite, muitos deles onde eu era assassinado pelo Lord, outros onde os meus pais me expulsavam de casa sem nada. Foi uma noite horrível e tudo porque hoje terei de voltar para Hogwarts e tenho menos de 1 mês para matar Dumbledore e também menos de 1 mês para decidir se contarei ou não ao Potter os meus sentimentos. 

Saí do meu quarto, sem nada comigo, uma vez que todas as minhas coisas tinham ficado no dormitório devidamente guardadas. O meu pai esperava à porta de casa para podermos assim ir para Hogwarts.

Cheguei a Hogwarts à hora de almoço, era um domingo e todos os alunos andavam pelos corredores no castelo. O dia estava lindo, os passarinhos cantavam e as folhas verdes das árvores faziam planar o ar da primavera. Nem parecia que tudo iria estar destruído em pouco tempo. 

Fui direto para as masmorras, passei por muitos colegas da Slytherin, muitos me cumprimentaram, mas eu apenas os ignorei, queria chegar ao dormitório o mais rápido possível, tinha de pensar em tudo, não queria ninguém para me atrapalhar. 

Mas, quando estava a virar para o corredor das masmorras vi-o, sozinho. Andava apressado com um pequeno livro para o lado do grande salão, afinal estava a chegar à hora do almoço. Ri baixo pela expressão de perdido que ele levava no rosto. Ele olhou para mim com cara de desentendido, acho que me ri mais alto do que aquilo que tinha pensado. Os olhos dele, diretamente nos meus acho que conseguia ficar horas a olhar fixo só para aqueles lindos olhos. Mas ele continuava com um olhar interrogatório dirigido para mim. Soltei:

- Que queres Potter? Vais continuar com cara de estúpido aí parado a olhar para mim? 

Sei que fui arrogante, mas eu não poderia simplesmente ir à beira dele e cumprimenta-lo como se fossemos melhores amigos. 

- És muito engraçado Malfoy, pelo que vi foste tu que te riste para mim.

-Eu não me ri para ti! 

-Aí não? Então riste-te para quem? Não estou a ver aqui mais ninguém. 

Ele dava passos na minha direção, e eu passos para trás, mas senti as minhas costas baterem contra a parede. Mas ele continuava a caminhar na minha direção.

-Então Malfoy, não me vais dizer para quem te estavas a rir.

Ele estava a chegar tão perto que se ele desses dois passos batia contra mim. 

-Desculpa Potter, mas acho que entendeste mal, não me estava para ti, estava-me a rir de ti. És ridículo. 

A expressão de convencido de Potter abandonou o seu rosto, e uma de espanto apoderou-se dele. 

-Vemo-nos no almoço. - E ele simplesmente virou costas e saio. Mas o que lhe deu? Estava à espera de um contra-ataque, mas ele simplesmente retirou-se.

Fiquei estupefado com o que tinha acontecido, mas decidi voltar ao meu caminho para as masmorras. 

Quando cheguei ao meu dormitório deitei-me na cama e fiquei apenas a olhar para o teto enquanto suspirava pesado. Pensei na conversa que tive com o Potter e uma frase em específico não abandonou a minha mente. " És ridículo". Senti os remorsos das minhas palavras, porque tinha dito aquilo. Eu vim o caminho todo a pensar em formas de me aproximar dele e de ser pelo menos seu "amigo" e a primeira coisa que lhe digo é "És ridículo".

Estava tão nervoso que não consegui medir as minhas palavras, ele estava tão perto e tão lindo, não sei. Aqueles olhos fixos em mim, só de pensar fico quente. Queria tê-lo aqui, queria que ele me tocasse, sentir o seu calor. O meu membro estava duro, duro como pedra. 

Com todo o meu amor Where stories live. Discover now