Percy Jackson não queria ser um semideus, na verdade, ele nem sabe o que é ser um semideus.
Com trinta anos, sua vida está complemente estável e feliz. Ele é proprietário de uma grande empresa, possui um ótimo círculo de amigos, é casado com Annabe...
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—🌊—PERCY —🌊—
Fiquei em choque quando Quíron nos deu as boas-vindas, além de ser uma criatura completamente estranha, seu sorriso contente e animado era um insulto pra mim. Cara, quase fui morto há uns cinco minutos atrás! Demonstre alguma preocupação!
—Eu vou ignorar que o senhor é um cavalo... —engoli em seco e tomei a iniciativa de falar, já que os garotos o encaravam boquiabertos.
—Na verdade, sou um centauro —Quíron me corrigiu gentilmente.
—Tá... —balancei a cabeça e franzi as sobrancelhas. —Tinha um exército aqui e ninguém foi nos ajudar, é isso?
—Não iríamos deixar que matassem vocês, é claro —ele juntou as mãos, ainda com um sorriso no rosto. —Venham, vou lhes mostrar o acampamento —Quíron se virou e eu ainda não acreditava que via um homem-cavalo na minha frente. Era assustador.
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—Como você está aceitando isso tão bem? —murmurei para Annabeth enquanto seguíamos o centauro.
—Acredite, não estou —ela respondeu.
A brisa tinha cheiro de morango e como estava de noite, não consegui ver muito do lugar, apenas percebi que era um vale cercado por colinas ondulantes e repleto de bosques.
Chegamos na quadra de vôlei e vi Safira brincando com Tyler, que parecia estar com um senso de humor melhor do que de manhã.
Nossa! Pensar que quando acordei no dia de hoje eu era uma pessoa normal, levando a filha pra escola normalmente... Agora aqui estou eu, lutando contra um Minotauro e sendo guiado por um centauro... Minha cabeça parecia não aceitar o que eu estava vivendo. Se as dores no meu corpo não fossem tão fortes, poderia jurar que isso tudo era apenas um sonho bizarro.
—Papai! —Safira sorriu radiante ao me ver e correu para mim.
—Oi, meu amor... Ai! —tentei me inclinar para a abraçar, mas meu corpo tremeu de dor.
—Não se esforce —Annabeth tocou meu ombro.
—Nossa papai, você tá péssimo —minha filha inclinou a cabeça para o lado, me observando.
—Me sinto bem assim —resmunguei endireitando minha postura.
—O que é isso? —Safira apontou para o chifre em minha mão.
