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Mariana x
Domingo, 4 de agosto

Acordei primeiro que Billie no dia seguinte, o que já era de se esperar considerando o seu estado ontem a noite.

Me separei dela, tomando todo cuidado para não atrapalhar seu sono, levantei e andei até a porta em passos lentos.

O chão gelado do piso do quarto fez com que todo o meu corpo estremecesse.

Fui até o banheiro fazendo minha higiene e depois segui até a cozinha. Billie provavelmente acordaria com fome e com dores de cabeça, então preparei seu café, colocando tudo em uma bandeja e peguei uns comprimidos para dores.

Hoje seria minha vez de cuidar dela, de acordá-la com beijos e café na cama.

Subi as escadas tomando um grande cuidado para não derrubar todas as coisas, já que eu sou uma pessoa um pouco lerda.

Billie estava acordando quando eu entrei no quarto, destruindo meu plano de acordá-la com carinho, ela me olhou um pouco sonolenta ainda, enquanto esfregava os olhos com as mãos e bocejava.

— Bom dia, amor — disse colocando a bandeja ao seu lado e me sentando de frente pra ela.

— Minha cabeça dói — ela fez uma careta. Peguei o comprimido dando a ela e lhe entreguei um copo de suco.

— Já sabia que estaria de ressaca, então preparei seu café — entreguei a bandeja para ela.

— Quer comer comigo? — assenti pegando uma banana que eu tinha picado.

Parando para olhar para o café em minha frente eu percebi o quanto tinha exagerado.

Me ajeitei ao seu lado e deitei em seu ombro, nós comíamos em um silêncio confortável.

— Eu chorei? — ela perguntou.

— Muito — ri — Não sei o porquê da pergunta, já que você sempre fica mais sensível quando bebe — acrescentei tentando não rir de sua vergonha.

— Isso é tão vergonhoso — ela olhou para frente, tentando desviando o olhar do meu.

— Billie, no natal passado você bebeu e chorou porque sua mãe não te deu o presente que queria —

— Não é a mesma coisa —

— Billie, o presente era um boneco de coleção —

— Não era qualquer boneco — ela revirou os olhos — Era um funko pop —

— São tudo a mesma coisa — ela olhou pra mim com decepção.

— Eu vou fingir que você não disse isso — ela levantou a cabeça fingindo raiva — Odeio chorar na frente das pessoas —

— Ah! Eu gosto dessa Billie fofinha, geralmente você só fica assim quando está doente ou bêbada, e você não é de beber e quase nunca fica doente, então... — deixei a frase no ar, mas ela entendeu.

— O que mais eu fiz? —

Pensei bem e lembrei.

— Você ficou com vergonha de tirar a roupa na minha frente — comecei a rir, vendo suas bochechas corarem.

— Eu viro outra pessoa quando bebo — ela bufou, bebendo mais de seu suco — Quem me deixou beber? —

— Você sumiu e quando te achei, estava no bar. Conversando com um tal de Jay e bêbada — rolei os olhos pelo ciúme.

— Não se preocupe, eu lembro dele. E ele é gay, estava pedindo pra apresentar um dos meus amigos famosos — ela riu e eu a acompanhei — Nunca mais apareço naquela boate —

Los Angeles •Billie Eilish• ✅Where stories live. Discover now