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Meu primeiro final de semana na casa do Hemerich. Bufei conforme mexia as pernas freneticamente na esteira. Assim que acordei desci para malhar descobrindo que ele havia passado por ali ao encontrar uma toalha úmida esquecida na esteira.

Duas gotas de suor caíram do meu queixo elas escorreram da testa. Diminuí gradativamente os passos parando. Sequei o suor com a minha toalha já úmida.

Era sábado, Hemerich ficava na casa o dia todo voltando a empresa na segunda. Eu teria sua companhia por dois dias e, melhor ainda, sem nenhum funcionário. Os empregados eram dispensados nos finais de semana, feridos e aniversários destes. 

— Você ficará sozinha com ele o dia todo, por dois dias inteiros é a oportunidade de fisgar seu coração. Hemerich é um pouco tímido na frente dos empregos, ele os trata com muita consideração e respeito, mas é difícil se aproximar dele na frente de outras pessoas. Sozinhos é o momento perfeito, Hemerich será mais espontaneo e a vontade. — informou Robert me observando rabiscar o nome dele no papel que colei em um barbie. 

Desci a ponta da caneta escorregando-a pelo corpo da boneca deixando um rastro vermelho, em seu peito havia um coração que brilhava quando ela cantava, afundei a ponta da caneta nele. 

Joguei a toalha no ombro pegando minha garrafa de aguá e saindo para fora da academia particular do "enigmatico" sr. Olsen. Nunca ouvi falar de nenhum enigma que não pudesse ser descoberto. Nos tempos antigos, especificamente no Egito, em cada tumba de um faraó era escrito algo para ele ou sobre ele, em pergaminhos haviam histórias e cisas inegmaticas, mas os hieróglifos foram desvendados. Ou seja, eu iria desvendar cada pecado dele, cada ponto fraco rastejando no espaço apertado que era as arterias de entrada até o seu coração. 

Para um home alto e forte, Hemerich era sensivél a ponto de esconder o coração e o proteger com cautela. Por mais namoradas que já teve ninguém ouviu falar de uma que ele tenha amado, a única mulher que ama e todos conhecem é sua mãe, ele já se apaixonou, mas nunca amou alguém profundamente. Quanto mais profundo um sentimento mais doloroso se é o momento da destruição.

Um espinho afundado na carne doí o dobro de um espinho que só espetou a carne. Eu seria o espinho cravado no seu peito, a rosa enfiada em seu coração.

Passando pela piscina avistei a mesa com o café da manhã me esperando. Hemerich preparava sua propria refeição nos finais de semana, porém costumava almoçar ou jantar fora. De soslaio analisei as frutas picadas e o jarro de suco escorrendo suor de tão gelido. Meu coração pulou duas vezes. O inimigo servindo-me, eu deveria suspeitar de algo?

— Também é o momento perfeito para Hemerich testar você. Seja cautelosa e cuidado com suas expressões. Guarde a magoa, seja gentil e condescendente. 

Depois de ter dito aquilo sobre proximidade para ele ontem, Hemerich segurou minha mão o tempo todo e ao chegarmos na casa desinfectou o meu corte com alcool e fez um curativo com algodão e fita micropore. Ao acordar eu tirei o curativo e coloquei um band-aid. 

Quando entrei no corredor procurei ao redor por ele subindo as escadas depois de escutar o barulho de uma faca cortando algo. Primeiro iria toma um banho rapido antes de tomar o café da manhã.

Cerca de uns quinze minutos depois eu caminhava em direção a mesa usando um bíquini  por bauxo do meu vestido simples.

Espero que goste de salada de frutas. disse Hemerich atrás de mim. 

Me virei o encontrando segurando uma vasilha de vidro com salada de frutas vermelhas.

— Deixa que eu te ajudo. — falei tentando pegar a vasilha.

O coração do CEO que destruirei - Duologia Ceos Apaixonados 1Where stories live. Discover now