Epílogo

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3 anos depois

— Papai! Papai! — Maximilian chamava por Hemerich que estava sentado no balcão lendo o jornal de fofocas.

Nosso filho acenou com as mãos querendo subir no colo dele. Hemerich riu o sentando no meio das suas pernas.

— Stefany, já leu a fofoca do momento? — perguntou, Maximilian tentando tomar o jornal dele.

Eles haviam descoberto? Olheio rapidamente na direção dele. Se tivessem descoberto Hemerich teria outra reação.

— Não.

Coloquei as velas no topo do bolo. Era o aniversário de três anos do Maximilian e estávamos em Laguna Beach com nossos pais enquanto a mídia pensava que iriamos viajar para o México de novo.

— O que estão falando?

— Esta é a manchete "Os Olsen gostam de dançar em público". E estão falando sobre o aniversário do Max. Diz: "Em comemoração ao aniversário de três anos do pequeno herdeiro Olsen, relembramos o momento muito fofo da família registrado por alguns paparazzis há alguns dias atrás".

Estávamos os três dançando no High Park. No início, assim que Maximilian nasceu, os sites de fofocas anunciaram que eu havia ido para a maternidade, mais tarde nos fotografaram saindo de lá. Hemerich não queria o expor tão cedo, então evitavamos sair em público até ele ter um ano.

— Papai sou eu! Olha, papai. Eu estou no jornal também. — Maximilian apontava para nossa foto, seu dedinho louco para alcançar o papel.

— Maximilian! — Hemerich repreendeu quando ele atravessou o dedo no meio da manchete.

— Desculpa, papai.

As risadas na escada o fizeram querer ir em direção à elas.

— Max! — Minha mãe o chamou.

Não demorou para os quatro surgirem na cozinha.

—  Nosso filho tem apenas três anos e já é assunto principal de um jornal de fofocas. Deve me preocupar com sua fase adolescente?

Ri pegando o jornal dele e o deixando de lado. O celular encima do balcão tocou e Maximilian gritou:

— É o tio Richard!

Richard e Hemerich se aproximaram bastante nos últimos anos. Ele veio do Egito até New York para conhecer o recém-nascido Maximilian. Desde então tem sido muito presente, em festas da família, e principalmente nos aniversários do sobrinho. Max e ele se tornaram melhores amigos, deixando Hemerich e meu pai com ciúmes.

Hemerich atendeu o vídeo-chamada tentando segurar um Maximilian animado e inquieto. Os três eram muito parecidos fisicamente, possuíam os mesmos olhos de Rick Olsen. Richard me disse, quando segurou o sobrinho no colo pela primeira vez:

— Nosso pai quis tanto um herdeiro, que hoje além de dois filhos tem um neto. Se estivesse vivo estaria preparando um comitiva para apresentá-lo.

Eles falavam bastante do pai e o meu pai sempre se juntava aos dois como nos velhos tempos. Joan ainda tentava o aceitar, apesar de ter o ajudado a encontrar um novo emprego. Agora Sebastian estava distraído com sua família em Londres, sim ele se casou e tanto Hemerich quanto Joan faziam piadas do assunto. Porque ele dizia não estar surpreso que nos casamos em menos de três meses e iríamos ter um filho, no final ele teve que morder a língua já que também se casou com um filho a caminho.

A filha de Sebastian era Ilay Kadsher Fesk, e também a melhor amiga do meu filho. Embora Sebastian tivesse ciúmes da filha com Max, ele tentava se conter.

— Ei, garotão! Já faz três anos desde o dia em que eu fui aí conhecê-lo e o segurei pela primeira vez. Você era um bebê feio!

— Não era não!

Hemerich gargalhou acariciando os cabelos bagunçados do Max, a única coisa que puxou a mim.

— Estou brincando, você era o bebê mais lindo que já vi. E olha que eu vi a minha irmã e ela era horrível quando nasceu... Max, o tio está ocupado esse mês e não poderemos nos ver até o aniversário da sua mãe, mas eu jamais poderia me esquecer que hoje é o dia do seu nascimento. Meu querido sobrinho, eu te amo muito e enviarei um presente em breve.

— Estou com saudades, tio.

— O tio também está.

— Quero um elefante.

Hemerich jogou a cabeça para trás e riu,  eu nao precisava ver para saber que Richard fez a mesma coisa.

— Vou ver se eles aceitam animais grandes assim no avião.

Satisfeito Max desceu de novo para o chão e correu na direção do meu pai. Os irmãos se distrairam com assuntos da empresa, Hemerich costumava lhe pedir conselhos.

— Stefany.  — Richard chamou.

Olhei para a tela do celular. Ele pintou o cabelo e as sobrancelhas de castanho-escuro, agora era muito mais parecido com Hemerich. Atrás dele o cenário desértico era lindo.

— As colunas de fofocas são populares por aqui entre os turistas. Vocês não perdem a mania de se exibirem, não é? — Ele piscou.

— Como você está?

Richard limpou o suor da testa, seu rosto avermelhado pelo calor.

— Ainda me acostumando com o clima.

O mesmo homem que chorou quando segurou meu filho no colo, era o mesmo sorrindo agora.

— Richard! — alguém gritou com um forte sotaque na voz.

— Preciso desligar. Nos vemos mês que vem.

Georgia se aproximou da mesa, ela parecia ansiosa e não queria perder a oportunidade.

— Eu já sei qual será a próxima fofoca. — disse e minha mãe riu em condescendência.

— Qual? — Hemerich olhou de uma para a outra notando que sabiam de algo ao qual ele estava desinformado.

— Os Olsen terão um presentinho no natal. — continuou minha mãe.

Ele não entendeu. Hemerich procurou em meus olhos uma resposta clara. Georgia revirou os olhos e tentou de novo:

— Acho que desta vez precisaremos decorar um novo quarto, porque sinto que será uma menina.

— A senhora sente... Sente... Oh!

Georgia o abraçou. Na vez da minha mãe ela beijou sua bochecha e disse:

— Parabéns.

Max bateu palmas ajoelhado no sofá ao lado do meu pai. Todos na casa sabiam, menos Hemerich, era uma surpresa.

— Sabia disso? — perguntou para o Max.

Ele assentiu balançando a cabeça freneticamente.

— É seu aniversário e eu que ganho presente.

Rimos enquanto Hemerich se levantava e vinha na minha direção.

— Quero presente também! — Max choramingou.

— Max, o vovô trouxe um presente incrível para você. Pegue ali.

Hemerich beijou a minha testa, sua mão se aconchegando no pequeno relevo que começava a se formar.

— Você terá um irmãozinho, ou uma irmãzinha. Já é um presente especial. — disse, o olhar preso no meu.

Ele sorriu para mim e completou:

— É muito especial ter alguém ao seu lado.

O coração do CEO que destruirei - Duologia Ceos Apaixonados 1Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ