Capítulo 125 - Exército de Tot

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~Pov Ioan~


Em frente ao campo de treinamento ficavam algumas sacadas do castelo, onde podia-se observar os soldados lutando com suas armas de treinamento. No centro de um grande número estava uma grande armadura negra, com um simples golpe de espadas dele vários soldados eram jogados para trás.

— Ele é muito mais forte que os outros — falo chegando na sacada e olhando a pessoa que já estava observando o treinamento matinal.

— Foi um grande achado, fico feliz dele ter escolhido Tot como sua residência após desertar do Império.

Quem me responde é uma mulher de cabelos ruivos, ela estava encostada na cerca de madeira — que impedia a queda, embora estivessemos em um dos primeiros andares —, era costume, antes de seus deveres como rainha daquele local, passar um tempo observando-os e vendo a evolução dos soldados.

— O que acha dos soldados agora? Depois de conhecerem vocês e seus novos comandantes — pergunta?

Me aproximo e fico ao seu lado. Olho em direção ao campo de treinamento.

Quando cheguei em Tot os soldados eram de um nível muito inferior ao que se espera de um país soberano, mesmo que seja apenas uma cidade, na verdade, isso deveria deixá-los ainda mais forte, pois por todos os lados estão cercados pelo Reino, caso se tornem inimigos seria verdadeiramente problemático. Talvez mesmo com uma força capaz ainda iriam sucumbir de qualquer forma.

— Eles certamente evoluíram, mas... — Olho para o cavaleiro negro. — Ainda estão muito abaixo do necessário, posso dizer que os comandantes certamente superam templários facilmente, mas apenas os soldados mais rasos.

— Enquanto os outros nem ao menos se aproximam dos templários comuns — completa Maria.

Balanço a cabeça em afirmativo.

Claro, eles possuem treinamento e em quesito de organização provavelmente conseguiriam lutar de uma forma ou outra, mesmo que seja um exército completamente novato. Porém, a força individual acaba pesando muito neste mundo, basta se lembrar do que Gabriel fez na luta contra os templários, um simples ataque dele varreu nosso lado completamente. Até mesmo eu poderia vencer todos esses soldados em uma batalha sozinho, tendo problemas apenas contra o cavaleiro negro e seu companheiro espadachim.

— Qual foi a resposta da capital? — pergunto.

— O Reino disse que não irá interferir nos problemas de outros países — diz com pesar. — Resumindo, estão nos deixando para morte e irão apenas assistir de longe, provavelmente alguém do alto escalão está trabalhando com alguém do Império.

— Entendo... — Encosto no cercado com mais força enquanto direciono meu olhar para o restante de Tot.

O anúncio do combate que está se aproximando foi feito há poucos dias. Diferente da Tot habitual, que conheci neste último mês, as ruas movimentadas agora estão vazias e as poucas pessoas que se movem pelas áreas dentro das paredes parecem abatidas, como se apenas estivessem esperando por suas mortes certas. A maior parte das pessoas fugiram, os primeiros foram os comerciantes e apenas alguns poucos decidiram ficar e estavam nos financiando, conseguimos alguns soldados novos, mas não passa de cinquenta pessoas comuns que nunca lutaram antes, esses estão treinando com o espadachim na floresta.

— Algum nobre decidiu lutar?

Maria faz uma expressão amarga a minha pergunta. A Tot atual, como um país, surgiu há pouco tempo, ou seja, ainda existem poucos títulos de nobreza dados, além disso seu terreno é muito escasso, fazendo com que o número máximo não possa ser grande, os poucos que tem usam sua terra como grandes fazendas, que abastecem a cidade e vendem o excesso para fora, gerando seu lucro.

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