Capítulo 29 - Carmenta

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Após dois dias de caminhada conseguimos ver uma cidade ao horizonte. Está era Carmenta, apesar de seu tamanho é conhecida como "vila". Ao seu redor se estendia um grande muro, não tão grande quanto o do Reino Vampírico, mas mesmo assim ainda era grande. Em sua entrada estavam quatro guardas, que nos param quando nos aproximamos.

— Se identifiquem — diz o mais perto à esquerda.

Pegamos nossos cartões da guilda e os mostramos. Um dos soldados caminha até nós e pega os pega e olha, enquanto isso outro segue para dentro do muro, consigo ouvir o ranger de uma porta de madeira abrindo e fechando.

— Está tudo certo com o cartão, mas ainda precisamos fazer um teste para sabermos se não são criminosos. — Notando a expressão de dúvida no rosto de Bianca explica. — Não se preocupem, é algo fácil e rápido.

Ele nos leva para dentro do muro, os outros soldados andavam atrás de nós, mas mantinham a guarda baixa. Entramos em uma sala, lá estava o mesmo soldado que entrou antes. Tudo que tinha naquele cômodo era uma mesa branca, em seu centro havia uma esfera de cristal.

— Apenas toquem na bola de cristal, ela trocará de cor, vocês não precisam se preocupar, ao menos que apareça o vermelho, isso significaria que são criminosos — fala.

— Vou primeiro. — Bianca diz dando um passa para frente.

Ao colocar sua mão na esfera algo como uma fumaça branca surge dentro do objeto, em poucos segundos o branco se torna azul.

— Sem problemas, você está limpa, próximo.

— Agora é a vez de Alícia.

A garota fala tentando colocar a mão na esfera, mas a mesa era um pouco larga demais para seu braço. Ela se vira para mim e fala.

— Ajuda.

Consigo ouvir pequenas risadas dos soldados, eu e Bianca seguramos o máximo possível.

— Tem algum problema se eu segurá-la enquanto faz isso? — pergunto.

— Não há problema. — O soldado diz fazendo um sinal para que fizéssemos o teste.

Levanto Alícia e sua mão desta vez consegue tocar a esfera. A mesma fumaça branca apareceu, mas estava diferente de quando foi com Bianca. A fumaça se mexia com extrema velocidade, girava como um pequeno tornado, depois de poucos instantes se acalma, a cor que aparece não é azul, ao invés disso um cinza a preenche.

— Interessante... — O soldado que nos dava as ordens fala, ele olhava para a esfera sem piscar.

— Isso é ruim? — pergunto.

— Não é isso, eu explico depois — diz. — Agora, o próximo.

Coloco Alícia no chão, em seguida coloco a mão na esfera. A mesma cena das outras vezes se repete, assim como ocorreu com Alícia a fumaça gira, mas em uma velocidade inferior, ao parar ela fica totalmente negra. Quando as garotas tocaram um brilho se misturava com a cor, no entanto essa luz não aparecia desta vez, depois de um segundo uma pequena luz branca surge no meio, era totalmente branca.

— Eu nunca tinha visto ficar assim antes. — Notava-se o choque em sua voz.

Depois do soldado finalmente conseguir se recuperar ele se vira para nós.

— Vocês todos passaram — avisa. — Assim como havia informado antes, vocês só seriam impedidos se ela ficasse vermelha.

Quando ele fala isso dá para notar que todos nós três nos sentimos aliviados ao mesmo tempo.

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