Capítulo 97 - Batalha contra o demônio (Parte 1)

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— Você vai destruir a sala completamente desta forma, não são seus experimentos?

Dou um passo para o lado desviando da geléia que estava escorrendo em minha direção.

— Não será problema algum — responde Jikininki. — Essas são experiências falhas, posso conseguir sempre mais cobaias quando precisar, embora certamente não deixe de ser um desperdício.

Quando termina de falar ele lambe os lábios, sinto um arrepio percorrer meu corpo.

— Você é nojento. — Dou uma passo para trás inconscientemente. — Sério mesmo.

Estou atrás em velocidade, mas não é muita coisa, preciso apenas de uma habilidade. Ativo o |Foco do caçador|.

— Vejo que mais uma habilidade foi ativa, o que está faz? — Ele parece verdadeiramente interessado.

— Você consegue sentir a ativação de uma habilidade, mas não a presença de alguém? — Me levanto. — Por que não tenta descobrir o efeito dela?

Assim como sugiro ela vem para cima. Sua confiança em sua superioridade é mostrada claramente pela sua falta de foco, a maior parte das vezes em que o acerto é culpa dele também, além de cair em praticamente todos meus falsos golpes.

Após ativar o |Foco do caçador| meus sentidos ficam mais apurados, agora consigo ver seus movimentos claramente, junto com minhas habilidades e experiência de combate.

Ele tenta uma sequência de golpes e se afasta, fazendo isso diversas vezes, está provavelmente testando o que minha habilidade faz, mas no momento em que tenta fazer isso pela segunda vez o corto com minha adaga.

— Novamente? — reclama o demônio.

A adaga corta na altura de seu abdômem. Foi um corte profundo, no entanto, se fecha em poucos segundos e logo parecia que nada tivesse acontecido. Que taxa de cura absurda é essa?

Meu ataque é curado quase instantaneamente, não consigo defender todos os golpes. Como se derrota alguém dessa forma? Infelizmente não tenho tempo para pensar nisso, depois que o efeito do modo berserk acabar a desvantagem ficará ainda maior.

— Agora é minha vez de partir para o ataque — falo.

Ele acaba se surpreendendo com a súbita investida e leva o primeiro golpe. Acerto uma joelhada em sua barriga e tento enfiar a adaga em seu ombro, mas ele me empurra e dá um passo para trás, evitando o segundo ataque.

— Surpresa!

Vários tentáculos descem do certo, acertando diversos golpes no vampiro, que tenta segurar o slime, mas graças a sua forma gelatinosa não consegue segurá-lo.

Assim como havia suspeitado durante nossas sequências de golpes. Ele não está nenhum pouco acostumado com batalhas. Mesmo tendo velocidade e força superior ainda está lhe faltando muita experiência de luta.

No entanto, meu corpo está ficando gasto, quanto mais habilidades utilizo ao mesmo tempo, mais sinto o desgaste, além disso sinto mais uma vez meus dedos parando aos poucos, o veneno — que pensei ter desaparecido durante as diversas passagens de níveis, a utilização de magia natural e o "roubo" do poder demoníaco — está fazendo efeito ainda. Me pergunto o quão forte é esse veneno.

— Temos três minutos para espancar esse cara — falo com o cara escondido.

Dessa vez o slime não responde. Ele está começando a aprender.

O demônio rir.

— É o que veremos.

~Pov Alícia~

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