– Não esqueçam – alertou Sooyong –, vamos nos vestir um pouco mais formalmente do que o normal para o jantar desta noite. Convidamos duas famílias locais para se juntarem a nós.

– Que grau de formalidade? – perguntou Kihyun, logo preocupado. – O que você vai usar?

– Bem – começou Joomin, pensativo, como se a pergunta tivesse sido dirigida a ele –, pensei em usar minha calça de veludilho preta, meu colete com os botões elegantes...

– Joomin! – exclamou Sooyong, com uma solenidade zombeteira. – Não é hora de deboche. Moda é um assunto sério.

– Não sei por que os jovens mudam de guarda-roupa a cada poucos meses e fazem tanto alarde a esse respeito – comentou Joomin. – Nós, tivemos uma reunião muito tempo atrás e todos decidimos: “Vamos usar calças.” E é isso que usamos desde então.

– E quanto aos escoceses? – perguntou Sooyong, com esperteza.

– Eles não conseguiram abrir mão dos kilts – respondeu Joomin, em um tom sensato – porque acabaram se acostumando a ter o ar circulando ao redor dos…

– Dos joelhos – interrompeu Jeongguk, com um sorriso, e desalinhou os cabelos loiros e brilhantes do irmão. – Pode deixar que eu recolho suas flechas, rapazinho. Vá para casa e se enfie na sua calça de veludilho.

Joomin sorriu para o irmão mais velho e saiu correndo.

– Venha comigo – disse Sooyong a Kihyun –, e teremos o tempo exato para eu lhe mostrar meu vestido.

Kihyun lançou um olhar preocupado para o alvo que usara, ainda cheio de flechas para serem recolhidas.

– Eu guardo – ofereceu-se Jimin. – Nunca preciso de mais do que uns poucos minutos para me arrumar para um jantar.

Kihyun sorriu, soprou um beijo para o irmão e correu na direção da casa com Sooyong. 

Jimin sorriu ao ver a pressa do irmão, levou as mãos em concha à boca e gritou para os dois que se afastavam, em sua melhor imitação de Lady Manoban: – Jovens não galopam como cavalos de corrida!

A resposta de Kihyun chegou trazida pelo vento: – Jovens não gritam como abutres!

Jimin se virou, rindo, e encontrou o olhar atento de Jeongguk sobre ele. Parecia fascinado por… alguma coisa... embora o jovem não conseguisse imaginar o que ele poderia achar assim tão interessante nele. Envergonhado, Jimin passou os dedos pelo rosto, para ver se estava sujo. Jeongguk deu um sorriso distraído e balançou brevemente a cabeça.

– Estou encarando-o? Perdoe-me. Mas é que adoro o jeito como você ri.

Jimin ficou ruborizado até a raiz dos cabelos. Ele foi até o alvo mais próximo e começou a arrancar as flechas. – Por favor, não me elogie.

Jeongguk se dirigiu ao alvo seguinte.

– Não gosta de elogios?

– Não, fico constrangido. Nunca parecem verdadeiros.

– Talvez não pareçam verdadeiros para você, mas isso não significa que não sejam.

Jeongguk enfiou as flechas que recolhera em um coldre de couro especial e passou a ajudar Jimin no outro alvo.

– No meu caso – disse Jimin –, com certeza não são verdadeiros. Minha risada parece o coaxar de um sapo se balançando em um portão enferrujado.

Jeongguk sorriu. 

– Na minha opinião, está mais para um conjunto de sinos de vento prateados oscilando à brisa de verão.

APM || JJK+PJMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora