Capítulo 42 - Felipe

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MICAELLY

Estava sentada no jardim, Felipe estava do meu lado.
- Vou ter que continuar a terapia?
- Não, você já se recuperou perfeitamente.
- Obrigado Felipe.
- Não fiz nada de mais, só meu trabalho. - Felipe era meu terapeuta, ele me ajudou a andar novamente. - Sempre que quiser sair, pode me ligar.
- Como te falei no começo, não estou afim, de me envolver com mais ninguém.
- Como amigos, sem segundas intenções.
- Não sou muito de sair, quero ficar um pouco mais em casa.
- Sair seria bom, para você reconhecer os lugares que já foi, e lembrar.
- Psicólogo também?
- Na verdade, Sim.
- Que?
- Sim, eu me formei em duas aéreas, se não conseguisse em uma, conseguiria em outra. - Ele me olha. - Topa?
Mais tarde
- Vai sair? - Camilla fala.
- Vou.
- Quer que eu vá com você? - Desde que perdi minha memória, elas acham que vou me perder em cada esquina, ou que eu desmaiaria a qualquer momento, o que aconteceu nós dois primeiros meses.
- Não Cami.
- Mais você sabe... - A campainha toca.
- Eu vou acompanhada.
- De quem?
- Felipe, mais só como amigos.
- Amigos? - Ela faz cara de safada.
- Só amigos. - Abro a porta.
- Vamos? Aliás onde vamos? - Felipe fala.
- Eu não sei, você disse que era bom sair e conhecer lugares.
- Lugares que você já foi.
- Como vou saber os lugares que eu já fui, se eu já estou indo para lembrar, porque eu esqueci?
- Ah é. - Ele coça a cabeça. - Que tal um piquenique no parque, onde todo mundo provavelmente já foi?
- Piquenique? Já está um pouco tarde não?
- Sim, vamos jantar, em algum restaurante, vou falar alguns nomes e você vai ver se algum te lembra algo.
- Tá.
- Siri cascudo...
- Ei. - Falo e rimos. - Esse é do Bob esponja.
- Tá, agora sério. - Ele fala nome de restaurantes e mais restaurantes. - Lembra de algum?
- Não.
- Então vou escolher.
Chegamos lá e nada me parecia familiar, até que eu a vi, aquela garçonete, ela veio nos atender.
- Boa noite senhor e senhora, já decidiram o que vão pedir. - Aquele olhar dela para ele, era familiar.
- Pode pedir para outra pessoa boa atender? - Olho para Felipe.
- Claro, pode nos mandar outra pessoa nos atender. - Ela sai com raiva e outra mulher vem, e pedimos.
- Oque houve?
- Não sei, algo nela me trás memórias ruins.
- Hm, viu como é bom sair, mesmo que seja memórias ruins.
- Sim. - Comemos e logo pedi para ele, me levar de volta.
- Tchau, até algum dia.
- Até.
Minhas saídas com Felipe se tornaram frequentes, mais só como amigos.
- Hoje, é o melhor dia da minha vida. - Falo deitando na grama.
- Todas as vezes vocês diz isso, tá quase virando a polly, "o melhor dia de todos", todos os dias. - Nós rimos e ele apoia a cabeça no cotovelo, chegando perto.
- Felipe... - Falo entre sussurros. - Melhor não... - E ele me beija, me deixo envolver no beijo, e logo o empurro levantando.
- Eu falei não.
- Desculpe é que...
- Eu sabia, você sempre teve segundas intenções?
- Não, quando te vi a primeira vez. - Ele se levanta. - Eu te achei atraente, quis sim sair com você, mais no momento que você disse, que não estava pronta eu respeitei, mais nós estamos cada vez mais pertos, seu jeito, tudo seu me encanta, acho que estou... Eu estou, apaixonado por você Mica, é impossível não se apaixonar por você. - Fiquei calada por um tempo.
- Acho melhor pararmos de se ver, isso só vai, te fazer criar esperanças.
- Por favor não, mesmo que não tenhamos nada, não pode fazer isso.
- Tchau Felipe.
- Deixa pelo menos, eu te levar em casa?
- Tá.

- Tchau Felipe. - Falo subindo os degraus de casa, então tudo escureceu.

Acorrentada - CompletaWhere stories live. Discover now