Trust | Beauany - (em revisão)

96 - JOSH

Penúltimo capítulo...

Era para eu estar comemorando agora. Era para eu voltar para casa só a noite, feliz da vida. Não era para eu estar aqui, tentando ligar para ela pela milionésima vez.
Era para eu estar comemorando que agora, oficialmente, eu serei um aluno de Oxford, mas eu estou desesperado. Não estou a ponto de surtar porque eu já estava surtando. Completamente.

Any ouviu minha pesquisa.

Merda!

Ela ouviu eu expor tudo sobre ela. Ouviu eu dizer, em um tom todo sarcástico, o quanto sua insegurança era irritante.

Eu não quis dizer isso, porra! Eu só disse para os avaliadores. Eu não achava irritante. Eu não acho. Eu não...

Passo a mão pelo meu cabelo de novo. Ele está totalmente desgrenhado. Ele está assim desde a hora em que ela saiu do meu campo de visão. Desde a hora em que vi todo o entendimento passar por seus olhos.

Porra! Porra!

Minha mãe ficou feliz que eu tinha passado. Mas, além da felicidade, tinha um toque de tristeza em seu olhar. Acho que ela juntou as peças, igual vi Any fazer parada na porta.

Não queria decepciona-la. Não queria ter visto o olhar que vi no rosto de Any.

Sabina me xingou e depois me abraçou quando perguntei lá na escola se ela sabia do paradeiro da irmã.

Ela tinha passado também e eu fiquei feliz, mas não deu tempo de dizer mais nada porque eu precisava falar com Any. Precisava falar com ela mais do que tudo.

Entretanto, Sabina não sabia. Ela estava saindo com Pepe.

Não a culpei. Ela tinha direito de estar feliz e ir comemorar.

Tori e Lamar até tentaram me convencer a ir comer com eles, mas eu não queria. Queria ver Any, queria falar com Any. Queria...

Porra, Any. Cadê você?

Tento de novo o seu celular e não consigo nada, cai na caixa postal direto.

Ando de um lado para o outro.

Penso em Noah.

Será que ela está com ele? Será que correu para os braços dele?

E se ela estiver? O que eu tenho a ver com isso?

Merda!

Inferno!

Odeio esse meu ciúme excessivo. Odeio o que isso faz com minha cabeça e com meu coração.

Eu não era assim.

Soco o sofá com toda a minha força no momento em que a campainha toca.

Ando até a porta e atendo com raiva, pronto pra dispensar qualquer pessoa que estivesse ali.

Mas a pessoa que estava ali, passa por mim e entra em minha casa.

Any.