14°|♤| Isso não é um adeus

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- Não que eu devesse te responder, mas hoje eu estou em um bom dia, então vou te dar o prazer da minha simpatia.- abriu um sorriso ladino, e o americano revirou os olhos.- Barcelona, Espanha.- deu de ombros.

O americano tentou esconder a expressão de surpresa, mas falhou miseravelmente. Krystian Wang era literalmente fanático e apaixonado por sua cultura, pais e principalmente seu continente, isso não era mistério para ninguém, o chinês sempre deixava claro seu amor, não só declarando verbalmente, mas também artisticamente, já que suas costas era totalmente fechada por tatuagens sobre seu país natal. Saber que durante todos esses anos, o melhor hacker da máfia havia abdicado de suas origens, e ido morar em um país com costumes e culturas diferentes, foi um choque para o americano.

- É, eu sei. Nem eu sei como fui parar lá, e nem sei como aguentei.- deu uma risada sem humor.- Consequências do passado, afinal. A China estava fora de cogitação, eu tentei o Japão, já que se me pegassem não iriam me extraditar, mas algum filha da puta ferrou com meus planos.- suspirou profundamente, e encarou a brasileira, que permanecia em silêncio, apenas olhando os dois homens conversaram.

- Gabrielly, começa a falar, mulher. Seu silêncio é sinônimo de merda vindo, e eu estou muito bem em paz.- a cacheada abriu um sorriso.- Afinal, por onde esteve ?-questionou.- De todos, você foi a única que eu não consegui localizar.- franziu o cenho.

A brasileira desceu os últimos degraus, ainda com um sorriso divertido no rosto.

- Não me achou ? Está ficando ruim, gênio Wang ?- debochou.- E a idade chegando, dá pra ver as rugas daqui.- brincou, e se aproximou do chinês. - Já começou a usar a viagra ?!- abriu um sorriso malicioso.

- Continua a mesma desgraçada de sempre.- abriu um sorriso divertido ao ouvir o murmúrio do americano "Pior do que antes, até".

O chinês puxou a brasileira para um abraço apertado, que foi aceitado de imediato pela mesma.

- Senti sua falta, Gaby.- falou baixinho, para apenas a morena ouvir.- Espero que a dor tenha ficado menos intensa.- deu um sorriso reconfortante para a mesma.

- Não, mas eu tento.- respondeu de maneira simples.- Fico feliz que esteja vivo.- brincou, tirando uma risada leve do chinês.

- Realeza não morre fácil, querida. Ainda mais quando se é vaso ruim.- deu de ombros, e olhou para a brasileira e o americano.- Mas, então. O que traz vocês dois aqui ? Ainda mais juntos, eu pensei que se odiavam.- franziu o cenho.- Mais que o normal, já que é impossível não odiar o Urrea.- debochou.

- Está tendo olheiros por perto ?- perguntou a brasileira, arqueando a sobrancelha ao chinês assentir.

- Pelo menos dois estão rondando a boate, temos pouco tempo até desconfiarem do que vocês vieram fazer aqui.- disse o chinês despreocupado, tirando uma pluma do ombro da brasileira. - To doido pra arrumar uma briga com aquela equipe de merda, anos de calmaria só me irritaram mais.- a cacheada deu uma risada alta ao ouvir a fala do chinês.

Olheiros era a denominação que os mafiosos davam aos informantes de outro; os mesmos seguiam a pessoa que era designada a eles e vigiavam seus passos á todo momento, caso houvesse alguma atitude suspeita, alertavam rapidamente o chefe para quem trabalhavam. E Diego Donatello era esperto suficiente e colocou um olheiro para cada membro da equipe, ele precisava ter a segurança de que o contrato não estava sendo quebrado, e o principal: que eles não estavam voltando para a máfia.

E assim que os olheiros vissem que Krystian Wang, Any Gabrielly e Noah Urrea estão juntos, seria um prato cheio para contar ao chefe e sua equipe.

- Temos que ser breves, então.- falou o americano olhando para a brasileira, e depois levou seu olhar até o chinês.- Podemos conversar em um lugar mais discreto ?- apontou para o ouvido, com um sinal claro de que ninguém poderia escutar sobre o que falariam. O chinês assentiu.

Principal escolha: A ruína  ♤Now United♤Where stories live. Discover now