Capítulo 18

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      . Acordei no dia seguinte com Bob de pé me encarando.

- Bom dia. -falei estranhando a presença dele.

- Bom dia. -sorriu.

- Ta legal, porque está me olhando? -perguntei.

- Fica bonita dormindo. - falou.

- Obrigada. -respondi.

- Eu troxe suas roupas ontem, mas não quis te acordar. -falou.

- Fez bem, pois eu estava morta de sono. -respondi rindo.

- Percebi, pois já é meio dia! -ele falou.

- Sério?! -falei dando impulso pra sair da cama, assim que encostei os pés no chão dei um grito de dor.

- Calma, ainda não dá pra voê andar. -ele disse me ajudando a sentar .

- Droga ! eu esqueci desse gesso. -falei rindo mas com dor.

- Nossa como pode esquecer um pesso desse na tua perna? -riu de mim.

- A concidere que eu acabei de acordar, meu cérebro não funciona bem nessas horas. -falei.

- A, sim. -falou como se fosse coerente o que eu disse.

        Nós gargalhamos , depois ele disse que levaria café na cama pra mim, claro que eu recusei, disse pra trazer apenas uma fruta, imagine já na hora do almoço, eu tomando café da manhã na casa dos outros? Que abuso.

- Obrigada. -falei quando ele chegou com um suco e uma maçã.

- Eu vou descer pra ajudar minha mãe, qualquer coisa me  chama. -falou.

- Não vai trabalhar? -perguntei.

- Véspera de Natal. -esclareceu rindo.

- A verdade, diga a dona Ivone que já desço pra ajudá-la. -disse me lembrando da data.

- Não precisa. -falou.

-Ora, claro que precisa. -falei rindo me levantando.

- Ei calma aí. -disse tentando me ajudar.

- Qual é? Eu consigo me virar, agora vá fazer o que disse. -falei.

- Aí eu tento ajudar e saio como chato, vou indo sua ingrata. -falou rindo.

- Obrigada , só não preciso de ajuda, criatura. -falei  também rindo.

- Ok, te vejo lá em baixo então. - disse se retirando.

   . Verifiquei a bolsa que Bob havia trago com roupas minhas, ele era bem exagerado, pois lá haviam roupas pra mim passar um mês fora de casa, trouxe tudo que eu precisava, de escova de dentes à calçinhas.

    '' My God! ele viu as minhas calçinhas!! '' -pensei apavorada.

   . Já estva com vergonha de aparecer na frente dele depois dessa descoberta, mas não dava para me esconder, resolvi não falar nada com ele sobre isso, seria menos constrangedor para ambos. Escovei meus dentes, tomei um banho rápido , me vesti com um short jeans curto um pouco folgado no meu corpo, o que não fazia-me parecer vulgar, vesti uma blusa branca com desenhos de borboletas, calçei um chenelo, fiz um coque frouxo nos cabelos, peguei as amoletas e desçi.

- Olá. -cheguei na cozinha encontrando dona Ivone.

- Oi queria, dormiu bem? -falou me olhando rápido e depois voltou o olhar para algo que preparava no fogão.

- Sim, precisa de ajuda? -perguntei.

- Não, imagina. Você é hóspede. -ela disse sorrindo.

- Claro que não, eu quero ajudar. Diga-me o que fazer. -falei insistindo, eu não me sentiria bem sem fazer nada, afinal o que custa ajuda?

- Você está machucada, Bob deu uma saída e logo volta para me ajudar. -ela disse.

- Dona Ivone, eu posso ajudar mesmo com o gesso, vai? Eu quero fazer alguma coisa. 

- Ok então, comece untando essa fôrma para mim por favor. -ela disse.

- ta. -respondi.

   Me sentei à mesa e comecei a untar a forma, depois eu mesma fiz o bolo de chocolate, pois ela estava ocupada, enquanto o bolo ficava pronto no forno, fui preparar a calda, a melhor parte.

- Oi Salete, eu poso ajudar? -Rebeca apareceu saltitante na cozinha.

- Pode comendo a deliciosa sobra da calda! -falei causando risadinhas animada.

- Ótimo! -falou.

   Depois de terminar o bolo, fiz mais algumas coisas pra mãe de Bob, ela pediu que eu preparesse algo pro almoço, enquanto preparava tudo para a noite de Natal, ela era muito atrapalhada na cozinha, mas tudo estava com uma cara muito boa, e o que provei estava realmente gostoso.

  Bob chegou, nós amoçamos, depois disso sua mãe voltou à cozinha para terminar os preparativos, eu fiquei na sala com Rebeca conversando sobre a escola de teatro que ela frequentava, ela disse que o teatro a ajudou muito a superar algo que não quis falar exatamente o que, mas imaginei que foi a perda da mãe, que não sabia como tinha perdido mas notei a ausência dela.  Depois de muito conversar, era por volta das quatro da tarde, eu subi para o quarto , quando entrei dei de cara com Bob.

- Oi. -falei.

- Oi, estava te esperando. -disse.

- O que quer? -perguntei.

- Comprei isso para usar na noite de Natal. -falou tirando da bolsa um vestido de renda detalhada preta transparente e por baixo um tecido vermelho de alças grossas.

- Que lindo! -não pude deixar de elogiar.

- Ficará melhor vestido à Você. -ele falou sorrindo.

- Obrigada, mas não precisava se importar. -falei.

- Só o 'obrigada' está bom. -riu.

 Eu apenas sorri.

- Bom esteja pronta a noite. -falou.

- Estarei, -disse e o vi se retirando.

   . FIquei sentada adimirando o vestido lindo, pensei no que usaria nos pés já que não tinha sapatos, apenas chinelo, já tinha a maquiagem e o penteado em mente.

- Salete! -Bob me tirou dos pensamentos.

- Oi. -respondi estranhando sua volta.

- Esqueci de te entregar isso. -ele falou erguendo uma outra bolsa.

    A peguei e nela continha, um salto alto preto e todas as minhas maquiagens.

- Você pensou em tudo. -sorri olhando seus olhos.

- Confesso que Rebeca me ajudou. -ele riu.

- Aquela sapeca, mas obrigada. -falei sorrindo.

- Por nada. -disse já se virando.

- Bob. -chamei antes que ele fosse. 

- Diga. -ele se virou pra mim.

- Será um natal especial. -falei. 

- Com certeza. -ele me beijou no rosto.

   Saiu, continuei no meu quarto, as horas passaram rápido.Quando deu Oito horas eu comecei a me arrumar.

Sonhos Roubados [Completo]Where stories live. Discover now