Capítulo 6

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Acordei cedo na segunda-feira para ir trabalhar, teria que agir como se nada tivesse acontecido, para Will eu era a garota sorridente que adorava ser secretária.

   — Bom dia, senhor Will. -sorri por educação assim que ele passou à caminho de sua sala.

  — Salete, vou te pedir uma coisa, não me chame de "senhor Will" ,parece está falando com o meu pai! -ele disse, não dava pra perceber se estava estressado ou não, pois falou num tom de quem apenas cumprimenta.

  — Tudo bem, Will! -falei mostrando que tinha entendido.

   — Bem melhor. -ele sorriu bonito.

   — Mas o senhor Willian, se ver não vai gostar que eu te chame assim. -falei antes que ele se virasse.

  — Meu pai não tem nada com isso, se reclamar com você, diga pra vir falar comigo. -respondeu sério.

  — Ok. -falei.

  — Alguém me ligou? -perguntou.

  — Por enquanto não. -falei séria.

  — Ótimo! -disse e entrou a sua sala.

Wil odiava trabalhar na empresa de seu pai, não sei o que queria fazer da vida, mas tenho certeza que não era ficar trancado em um escritório. Ele era novo, deve ter uns vinte e cinco anos, talvez queira só curtir a vida.

  Enquanto aquele telefone não tocava, liguei a televisão, como will não estava tão mal humorado, não acharia ruim. Eu quase nunca a assistia tv , quando parava em frente a ela, era apenas para ver algum programa musical, mas agora estava passando o jornal local.

  "Encontrada hoje, mais uma jovem vítima do estuprador, conhecido como Matil, a jovem chegava de uma balada.... "

  Eu não consegui mais ouvir o que a repórter dizia, minha visão embaçou por causa das lágrimas que se formavam , minha audição falhou, eu só conseguia pensar "estuprador" "Matil", será ele, Matheus, o meu irmão? 

  — Salete!  Por que não atende esse telefone? -ouvi Will gritar.

  — Desculpe! -falei.

  — Multi Funções, bom dia. -atendi meio desnorteada.

  — Eu quero falar com o Dr.Will. -uma voz séria e masculina falou.

  — Quem gostaria? -perguntei,eu precisava saber.

  — Não reconhece a minha voz garota?  Quero saber se Will esqueceu da reunião ou está de graça com a minha cara! -ele falou gritando.

  — Só um minuto, senhor. -respondi.

  Saí até a sala de Will.

  — Will você tem uma reunião hoje, acredito que seja agora, pois Mário ligou bem bravo. -falei depois de bater a porta e entrar.

  — Ah droga!  É verdade, Já estou indo. -ele disse.

  Voltando ao telefonema.

  — Aguarde alguns minutos, ele está a caminho. -informei.

  — Mais é um irresponsável mesmo! -gritou e desligou o telefone.

  Voltei a fitar a televisão, mas o caso de estupro Já acabara, eu precisava sair do trabalho e ir  em busca daquele porco imundo, mas teria que esperar até o fim da tarde.

  — Salete, eu não volto mais hoje, pode ir pra casa. -Will passou apressado pela minha mesa.

  — Ok, Obrigada. -falei.

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