Capítilo 11

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      . Estava deitada na minha cama, quando o irritante toque do celular me chama a atenção

   — Fala. -atendi.

   — Disse que me ligaria, mas estou aguniado. Ainda está brava comigo? -Caio perguntou.

  — Não me lembro de dizer que te ligaria, mas não, não estou mais brava. -esclareci.

   — Que ótimo! -ele disse.

   — Desde que não me peça mais aqueles favores. -falei séria.

  — OK. -ele disse rindo.

  — Então está tudo certo! -sorri. Eu sentia falta dele.

  — Obrigado Maria Caseira, juro que não piso mais na bola com você. -ele disse.

  — Não fique me jurando as coisas, agora tenho que desligar, eu trabalho amanhã  né querido. -falei rindo.

  — Está certo. -ele falou.

  — Vê se aparece aqui num fim de semana, seu grude! -pedi.

  — Claro!  Só marcar. -ele falou.


   — Tudo bem, outro dia te ligo pra marcar. -disse.

  — Ok. -falou. Logo nos despedimos e desligamos.

  . Eu sentia saudade daquele gordo idiota, (forma carinhosa de o chamar ) seus chiliques básicos quando me via com as unhas sem pintar, era completamente divetido, mas de fato andava meio distante, mesmo antes de se deitar na minha cama. Sempre fomos muito próximos, o conheci antes de Amanda, mas algo estava errado à algum tempo, eu mal o via. Talvez o trabalho tem me tomado tempo de mais.

    Tomei um banho rápido e me deitei na cama, comecei uma leitura mas logo o sono veio me fazendo dormir em cima do livro e amassar algumas páginas.

    ''Estava eu em uma vila deserta, parecia desesperada, olhava para um lado e outro, procurava algo.

     Um carro passou quase encostando-se à mim:

    -Que que é, não está me vendo? -gritei.Parecia alcoolizada .

    Eu tinha fortes marcas preta pelo rosto, possivelmente da maquiagem que por motivos que não fazia idéia, espalhara por toda minha face.

    A rua estava escura, eu continuei caminhando em busca da saída, olhei para trás e percebi uma sombra, é alguém me seguia, comecei a correr, um homem parou de se esconder e seguiu atrás de mim, era um fracote, porque na velocidade que eu corria qualquer um me alcançaria fácil, eu estava fraca.

   Tropecei em uma maldita pedra, foi a deixa para o vagabundo se aproximar de mim.

   - Ora, o que uma ruiva gostosa faz aqui sozinha? -o homem perguntou.

   -Tentando ir pra casa! -me levantei.

   -Acalme-se, venha aqui! -gritou.

   Seu rosto parecia familiar, mas não me lembrava bem. Ele me puxou, começou a tirar minha blusa.

   -PARE! -gritei.

   -Calma irmãzinha! -ele disse.

   -MATHEUS?! -me assustei.

   Continuou tirando minha roupas. Eu já estava completamente nua, ele desceu suas vestes e ...''

    -NÃO! -gritei acordando num susto.

    Eu estava suada, com uma expressão triste e assustada.

   -Calma Salete, foi só um sonho. -tentava me acalmar.

   Fui à cozinha, ainda receosa, tomei um pouco d'água, e voltei à minha realidade. Era estranho, eu tinha visto meu irmão com mais idade do que na época em que fazia exatamente o que pretendia no sonho, mas o reconheci, estava bem diferente, mais seus olhos gigantes e de tom escuro eram inequecíveis.

   . Voltei ao meu quarto, tentei dormir, mas lembranças de anos atrás voltou à minha mente. O porco imundo conseguiu tirar meu sossego mais uma vez. Como eu o odiava, queria ver a sua morte, lenta e dolorida. É, o ódio pelo jeito voltou a inundar minha alma.

   .Meu celular fez uma barulho, o peguei e tinha uma mensagem de número desconhecido,que estava escrito.

    ''Salete, eu preciso ver você, quero me explicar. Não paro de pensar em você. Tem como a gente se ver amanhã? vou entender se não responder, desculpas, mais uma vez.'' 

   -É ótimo que não se importa se eu não responder. Boa noite, senhor detetive. -falei sozinha encarando o celular. Me virei pro lado e tentei dormir.

Sonhos Roubados [Completo]Where stories live. Discover now