Capítulo 17

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. Segui o dia cantando, vendo pessoas diferentes, causando sorrisos e sorrindo como nunca , eram uma hora da tarde e eu parei um pouco pra comer a fruta e algumas bolachas que tinha na bolsa.

Depois de comer voltei a sentar na cadeira, notei uma jovem me olhando séria, resolvi falar.

- Oi.

-Oi. -respondeu tímida.

- Está sozinha? -perguntei. Ela parecia ter uns treze anos.

- Sim. -disse.

- Quantos anos você tem? -quis saber. Ela era a única alí .

- Quinze. -me surpreendeu.

- A, não parece. -sorri, mas ela continuou séria.

- Todo mundo fala isso. -disse.

Eu apenas sorri e comecei a tocar algumas notas no violão, ela me fez parar chegando mais perto.

- Você manda bem. -ela sorriu pela primeira vez.

- Obrigada. -falei.

- Eu também canto! -disse.

- A é? Cante um pouquinho pra mim. -pedi.

Ela começou uma composição de Humberto Gessinger.

- "Cai a noite sobre a minha indecisão
Sobrevoa o inferno minha timidez

Um telefonema bastaria
Passaria a limpo a vida inteira
Cai a noite sem explicação
Sem fazer a ligação."

Sua voz passava firmeza e ao mesmo tempo conseguia se doce, ela continuou.

- "Na hora da canção em que eles dizem "baby"
Eu não soube o que dizer
Ah...vida real!"

Eu deslizei o dedo no violão e continuei a canção junto a ela.

- -"Esperei chegar a hora certa
Por acreditar que ela viria
Deixei no ar a porta aberta
No final de cada dia
Cai a noite, doce escuridão
De madura vai ao chão

Na hora da canção em que eles dizem "baby"
Eu não soube o que dizer
Na hora da canção em que eles. "

-Que lindo!! -bati palmas quando terminou.

- Obrigada. -ela sorriu tímida.

- Você é muito afinada, pretende ser cantora profissional? -perguntei.

- Se a timidez me permitir, sim. -falou um pouco triste.

- Olha esse papo de vergonha não ta com nada, se você gosta de cantar, deixe essa timidez de lado e corra atrás dos seus sonhos. Vai menina, você tem talento! -incentivei.

- Talvez seja isso que eu devo fazer, eu vou tentar! -sorriu.

- Tenho certeza que vai conseguir. -disse.

- Obrigada, eu não vou atrapalhar seu trabalho, a gente se ver. -ela disse.

- Qual seu nome? -perguntei antes que ela fosse.

- Rafaela , e o seu? -respondeu.

- Salete, muito prazer Rafa. -dei o mais bonito sorriso.

- O prazer é todo meu, bom... eu Já vou indo, bom trabalho aí. -fez um aceno.

- Até logo, Tchau. -devolvi o aceno.

   . Cantei mais algumas músicas, logo parei, pois sentia uma queimação na garganta, pelo simples fato de Não ter feito uma aquecimento vocal antes de começar tudo.      
   Não demou muito, Bob parou seu carro alí perto.

Sonhos Roubados [Completo]Where stories live. Discover now