— Bom dia! Foi a pior noite da minha vida, ainda sinto um pouco de dor de cabeça. — responde pegando o copo de suco.

   Ainda lembrando sobre o que aconteceu ontem e  vê-lo ali sentadinho com os cabelos úmidos caídos sobre a testa que estava com alguns pontos me deixou ainda mais aliviada em saber que eu não o perdi e que ele está bem.

Foi só um susto e um susto bem dado.

   Eu apenas queria que aquele acidente tivesse sido apenas um sonho, ou melhor, um pesadelo. Meus olhos se encheram de lágrimas mas fiquei brigando para ela não sair, não na frente deles dois.

— Ah não. — Thomas reclama. — Pelo amor de Deus não faz isso.

—O que?—pergunto olhando para ele.

— Isso. — aponta para o meu rosto. — Não chora, olha pro teto ou sei lá mas não chora. —súplica, comecei a sorrir. —  Não quero ninguém chorando.

— Não estou chorando e nem quero chorar.—conto, olhando para o teto e num é que dar certo.

— Ela é péssima quando se trata em mentir. —Landom comenta sorrindo.

— Ei!

   O celular do Landom começou a fazer barulho, mas um barulho de notificação.Ele tira o celular do bolso da jaqueta jeans e ver quem era que estava mandando mensagem.

— Ah gente eu vou ter que ir,a Nina está precisando de mim.

— Cadê ela mesmo? — Thomas pergunta.

— Não deu pra ela vim, porque está ajudando os pais na casa deles e eu vou ter que dar um forcinha lá. — conta.

— Que espertinho! — Thomas diz sorrindo.

— Sempre! —diz. — Então vou ter que ir, tchau! — beijou a minha testa depois abraçou o Thomas e foi embora.

   Ele coloca a bandeja em cima da mesinha que estava do seu lado. Ele ajeita os lençóis começa a balançar as pernas e ficou me olhando parece que alguém além de mim está tenso.

— Está se sentindo bem? — pergunto, sento em uma cadeira bem macia.

— Estou ótimo.

   Ficamos em silêncio outra vez  olhando um para a cara do outro sem falar nada. Que lindo, ele desviou os olhos para a parede azul e começou a sorrir.

Que situação.

— Tem certeza? Absoluta? — pergunto me aproximando dele.

— Absoluta, vocês está igual a minha mãe fica de cinco em cinco minuto perguntando isso. —reclama.

— Ficamos preocupadas com você por isso temos que perguntar toda hora, minutos e até mesmo segundos. — questiono

— Parece que eu sou um bebê desse jeito. —rebate.

— Mas você é um bebê, só que no caso o meu bebê. — digo, ele me olha e começa a sorrir um pouco envergonhado.

— Deita aqui! — aponta para a cama mas eu nego. — Vem logo, deusa!

— Está bem.

  Vou andando em direção da cama, ele puxa o edredom me dando espaço para deitar ao seu lado. Deito a cabeça no peito dele e ele começou a passar as mãos nos meus cabelos, confesso que deu vontade de dormir ali mesmo.

— Não dorme, ainda precisamos falar daquilo.

— Agora? — pergunto com os olhos fechados,ele estava tão cheirosinho.

Aquele Garoto Where stories live. Discover now