Capítulo 28

1.2K 120 158
                                    

    Mais um dia naquela escola velha que parece mais uma prévia de como é o inferno, eu não gosto dela e ela não gosta de mim, simples assim. Não aguento mais.

   Estava na quadra sentada na arquibancada olhando o povo fazer exercício, eu não gosto das aulas de Educação física e inventei a história de uma cólica menstrual horrível e ele me deixou ficar quieta no meu conto.

   O Landom estava lá super animado fazendo educação física, coloquei o meu fone e me encostei na coluna de ferro e comi uns donuts que tinha comprado antes de vir para a escola.

—Oi! — disse puxando o meu fone me assustando.

— Inferno o que foi Lan...Thomas? — digo levantando as sobrancelhas e forço um sorriso.

— Por que a senhorita Jones não está fazendo educação física? — pergunta ajeitando os cabelos desidratados.

— Estou com cólica. — digo colocando o meu fone novamente e ele puxa de novo. — desse jeito vai arrebentar o meu fone. — falo, encarando.

— Eu te dou outro. — comenta passando a língua por cima dos lábio avermelhados.

— Hum, por que não está fazendo educação física também? — pergunto colocando o celular na bolsa.

— Não posso fazer exercício por causa do meu joelho, esqueceu? — conta e aponta para o joelho.

— Ah,entendi.

— Não sei como o professor acreditou em você.

— Por quê?

— Já é a segunda vez que você faz isso.

— Está me espiando? — fitei os seus olhos.

— Não, só ouvi. — empurrou o meu ombro.

   Levanto a mão e empurrei dele de novo mas ele  foi mais rápido e segurou o meu pulso com força.

— Violência não leva a nada. — diz sorrindo.

— Isso serve para você também, quase matou o Ri... — ele tampou a minha boca e me olhou com os olhos arregalados.

— Ei vocês dois! Não é hora de namorar. — o professor grita, viro para quadra e todo mundo estava nos olhando ele tirou rapidamente a mão da minha boca.

— Tranquilo professor, não estamos namorando. — disse olhando para o professor. — Ah Liz fala demais. —fico olhando para a cara dele.

   Ele ainda estava com a mão na minha boca, os outros voltam a fazer os exercícios e parece que o Thomas não queria tirar a mão cheirosa da minha boca.

   Mordo os dedos dele e ele berrou, pego a minha mochila e saio correndo da quadra, a minha farsa foi pro brejo, agora o professor sabe que eu não estava com cólica.

— Ei deusa! — grita mas não dou atenção continuo andando. —EI!

—O QUE FOI?

— Calma. — baixou a voz. — Para onde está indo?  — pergunta colocando as mãos na cintura.

—Para casa do c... — parei de falar já que alguém poderia ouvir.

— Olha a boquinha. — sorriu. — Caramba, meus dedos ainda estão doendo! — grita me fazendo parar e olhar para o garoto de preto parado no sol quente.

   Ele corre até o onde eu estava e sai me puxando, ajeitei a mochila e deixei ele me levar, até o estacionamento?

— Por que me trouxe aqui? — pergunto.

Aquele Garoto Onde histórias criam vida. Descubra agora