Capítulo 38

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   Volto a minha atenção para a estrada e ouço ele suspirar alto, coloco o braço na janela apoiando a minha cabeça. Será se a mamãe sentiu a minha falta? Eu espero que eu não fique de castigo por ter saido de madrugada sem dizer a ela e mesmo se eu falasse ela não iria deixar.

   Chegamos na casa dele estava tudo escuro eu fiquei ressentida de acordá-lo ele parecia tão bem deitadinho todo encolhido no banco. Tiro o cinto tanto o dele como o meu, ele abre os olhos calmamente e sorrir.

— Onde estamos? — pergunta passando as mãos nos olhos.

— Na sua casa

— Acho que não tem ninguém, o Willy foi para Nova York, as coisas da nossa casa ainda não chegaram.

— Você vai ficar aí sozinho? — pergunto tirando o meu celular do bolso.

— Sim, já estou acostumado a ficar sozinho,  você vai querer entrar?— ele olha no relógio e arregala os olhos. — Está tarde não era para você ter vindo me deixar, eu iria dormir lá.

— O que? Está doido? Claro que eu não ia te deixar lá sozinho daquele estado, e depois eu me resolvo com a minha mãe. — digo e ele suspira profundamente.

— Então vai entrar?

— Vou.

   Saimos do carro, ele me da a chave abro a casa e entramos nem tiramos os sapatos enconstei ele na parede já que ele não estava se aguentando ficar em pé, fecho a porta, pego o braço dele e coloco por cima do meu pescoço e subimos a escada.

   Abro a porta e deito ele na cama tiro a bota dele deixo apenas a meia, coloco o edredom por cima dele e ele fecha os olhos, sento na poltrona que estava de frente para a cama.

— Eu não vou conseguir dormir, este cheiro de cerveja está horrível — resmunga ainda com os olhos fechado.

— Quer banhar?

— Se você me levar até o banheiro,eu aceito.

   Levanto da poltrona ele senta na cama tirando a jaqueta e também puxa a camisa,pego os braços dele e o levo para o banheiro ele tira a calça ficando de cueca ligo o chuveiro e sento ele no chão.

Isso me lembra do dia em que caí por cima dele.

— O chão está frio, não era melhor eu ficar em pé?

— Em pé? É uma péssima ideia, é melhor ficar ai sentado. — digo, ele sorrir tirando os cabelos molhados da testa.

   Ele olha nos meus olhos,sorrio não consigo encará-lo e não sorrir, sinto as minhas bochechas ficarem quente por que ele gosta de me deixar assim, constrangida? Desligo o chuveiro e ele resmunga alguma coisa, não deu de entender levanto ele dou a toalha para ele se enxugar.

   Saio do banheiro deixando ele sozinho encostando na parede, sento na poltrona que estava antes e espero ele sair já que eu não queria olhar o negócio. No banheiro tinha umas roupas lá será se ele já fica preparado para quando isso acontece.

   Ele sai do banheiro cambaleando quase caindo, ao ver a cena dele quase caindo por cima da escrivaninha levanto da poltrona para ajudá-lo a deitar na cama, ele estava com uma camisa grande preta e um short preto.

   Deito ele na cama coloco o edredom por cima dele e ele fecha os olhos suspirando outra vez sento em uma poltrona e fico observando ele deitado.

— Liz?

— Hum?

— Você pode deitar aqui comigo até eu dormir? —  pergunta com os olhos fechados apenas com a mão esticada para cima.

Aquele Garoto Where stories live. Discover now