Aquele Garoto

Capítulo 32

    Depois daquela briga de ontem com a Stefanny não sei como mas o diretor acabou sabendo e cá estamos na sala dele. Não queria ter chegado a esse ponto, tenho quase certeza que ela deve ter contando para o diretor que eu quase a matei do jeito que ela é dramática não duvido de nada.

— Senhorita Jones não acredito que você uma aluna exemplar teve a coragem de agredir a colega — diz colocando as mãos sobre a mesa. — Irei ter que chamar os responsáveis das duas.

   Por esse lado eu não pensei,engolir em seco a mamãe vai me dar um sermão daqueles ela nunca gostou de ser chamada na escola por maus comportamentos. Droga!

— As duas irão ficar durante quatro horas na detenção. — conta e a Stefanny arregalou os olhos, eu estava super calma toda largada na cadeira olhando para o diretor careca vendo o desespero da Stefanny.

   Cruzei as pernas esperando o show dela passar, eu só queria sair daquela sala, na verdade eu estou é com fome e ainda está longe da hora do lanche, esse velho desde liberar a gente daqui fica é vendo o show da loira.

— Já posso sair? — pegunto fazendo os dois me olharem.

— Quero ter uma conversa com a sua mãe viu senhorita Jones, já está liberada e você também pode ir senhorita Willians — fala e eu saio da sala dele fecho a porta com força e encontro a Nina e o Landom parados me esperando.

— Quatro horas na detenção. — conto e eles me olham.

— E como está o seu braço? — Nina pergunta olhando onde estava ferido mas não dava de olhar o ferimento pois passei uma atadura em cima para não ficarem olhando. — Você viu o vídeo?

— Que vídeo? — pergunto encarando eles.

— Fizeram um vídeo quando vocês estavam se atracando. — O Landom conta, eu levanto as sobrancelhas foi por isso que ele descobriu que a gente tinha brigado.

— A escola toda tem. — diz, coloco a mão na testa, que droga!

   Saímos de perto da sala do diretor e fomos andando e ao longo do corredor todo mundo estavam falando sobre o vídeo, que raiva.

   A Nina foi para a aula dela e nós fomos para a nossa entramos na sala e todo mundo ficou me olhando, não gosto de ser o centro das atenções como a Stefanny gosta de estar.

   Qual a graça de ficar quatro horas na detenção e pior com a Stefanny ainda é capaz da gente brigar de novo, o que não seria uma péssima ideia. Eu só queria comer, apenas isso.

   Meu celular começou a vibrar no meio da aula, abro a bolsa e vejo a mamãe mandando mensagem que estava muito decepcionada comigo por ter brigado na escola e quando chegar da escola teríamos uma bela de uma conversa.

— Senhorita Liz Jones? — a professora chama a minha atenção. — Está com algum problema? —  balanço a cabeça negando ela voltou a da a aula mega chata.

Coloquei a bolsa em cima da mesa e comecei a roer unhas, não prestei atenção em nada daquela aula chata, na verdade a sala toda não estava prestando atenção.

  

  Eu estava indo para casa mais o Landom, mais um dia cansativo naquele hotel parece que ele está mais movimentado do que antes e ainda mais quatro horas na detenção que foi um inferno passar quatro horas sem fazer nada olhando para as paredes.

— Liz?

— Oi. —respondo tirando o cinto.

— Sabe Liz eu estava pensando porque você não se inscreve nesses concurso de fotografias, seria muito melhor do que passar o final da tarde inteira naquele hotel.

— Não sei — puxo a minha mochila que estava no banco de trás. —Vou pensar!

— Mas tem que pensar rápido,ceu irei pesquisar uns concursos aí eu te mando. — diz e eu balanço a cabeça.

— É melhor eu entrar e ainda tenho que ouvir o sermão da mamãe. — aviso, abraço ele e saio do carro preparando psicologicamente para aguentar os berros da mamãe.

   Fecho a porta do carro espero ele sair e respiro fundo abro a porta que apenas estava encostada como sempre esqueci de levar a chave.

   Ligo a luz pois a sala estava um breu, a mamãe já deve está dormindo porém quando tirei os sapatos ela acendeu o abajur, quase morro.

  Coloco a mão no peito na tentativa de acalmar o meu pobre coração, viro e ela estava sentada com as pernas encruzadas me encarando, era a própria morte.

— Mãe. —digo a voz trêmula, colocando os tênis no chão.

— Senta! — ordena,não penso duas vezes e me jogo no sofá,meu coração estava batendo tão forte não sei se era por conta do susto ou por medo da cara dela. — Gostei de ver!

—Hum?—pegunto olhando para ela, não ouvi direito.

— Bem feito, a Stefanny era igual a mãe dela,quando nós estudavamos eu também fiz o mesmo. —conta, cara eu não acredito, tive um ataque de risos a minha mãe que sempre foi certinha brigando na escola? — Porém, eu não gostei de ser chamada na escola. — fecha a cara novamente.

—Eu não aguentei cheguei até o meu limite de paciência — digo deitando no sofá. — Mas que história é essa da senhora ter brigado com sra. Willians?

—Ela era metida por apenas fazer parte das lideres de torcida e ela fazia coisas horríveis até que um dia na aula de educação física ela teve a crueldade de jogar a bola na cara da Alessia...—Alessia era muito amiga da mamãe na adolescência mas ela foi embora para o Canadá onde mora com o seu marido Simon a mamãe disse que eles tiveram um filho mas eu não lembro o nome. — Eu fiquei muito brava e partir para cima arranhei a cara dela toda hoje em dia ela não chega perto de mim. — conta e começa a sorrir.

— Ai meu Deus mãe! — coloco a mão na boca e começo a sorrir. — A raiva pelas Willians está no sangue. — digo abraçando ela.

— Também foi por causa daquelas brincadeiras?

— Foi. — ela beijou a minha testa. — Mas não gosto de lembrar disso, sobre a floricultura...

— Já estou resolvendo. Não se preocupe.

— Está bem.

  Agora parecia mais calma, achei que iria levar um sermão da pesada por ter brigado na escola, ou ficaria de castigo  mas ainda quero saber quem foi que gravou  aquele maldito vídeo.

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