PRÓLOGO (Dysphoria)

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dys·pho·ri·a

(Um estado de profunda insatisfação )

Na superexposição das cores brilhantes intercaladas, como um ciclorama de TV, milhares de pontos luminosos que são vistos a olho nu na extrema proximidade.

Lá estava Jungkook, em tela, sob luzes neon e glitter como um privilégio que parecia único.

De alguma forma tudo sobre ele tinha cheiro, cor e performance, como se pudesse olhá-lo e ver através dele, além de sua imagem: o sangue correndo nas veias, o coração pulsando forte, tudo em movimento, cheio de vida, como liberdade incômoda, desenfreada e desinibida. Persistente.

Um espectro de desejos projetados. Pura euforia sintética.

Estava estranhamente alterado, não sabia o que dizer.

Segurou uma garrafa firme entre os dedos, agora, estilhaçada em milhões de pedaços brilhantes que em câmera lenta, tocavam o chão num tintilar dos infernos. Uma sinfonia de despedida. Uma canção de ninar.

Hoje, amaria pela última vez.

Pensou.

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