Capítulo VII - A Cavaleira (Revisado)👑🗡

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Narrador: Dianna
Música do capítulo:
Señorita - Shawn Mendes ft. Camila Cabello

Dia 7 de dezembro de 1501, domingo

Nos últimos dias, depois que Gianna foi embora para a casa de nosso irmão e o passeio na gruta com direito a um beijo inesquecível dele, não vi Luka após esse dia e nem o procurei, os meus sentimentos estão em completo caos, confusos, incertos e intensos, não sei descrever o que eis, mas nos livros eles dizem que o que sinto é amor. E o que na verdade é o amor? Minha mãe sempre nos contava sua história de amor com meu pai e eu sempre fico encantada como uma eterna apaixonada por cada detalhe daquele romance, não eis para menos que sempre idealizei um amor como o deles, forte, indestrutível e intenso, mas com isso veio as diversas interrogações quando essa bolha chamada amor estoura em sua cara. Como saber se é amor de verdade? E se for, o outro tens o mesmo sentimento? Irei me machucar? Estou alimentando falsas esperanças com o meu amado? As respostas para essas perguntas, não se encontram nem nos livros nem na história dos meus pais, isso se encontra no romance de cada um que tem que obter as respostas sozinhos.

São tantas formas e tipos de amor, cada um com demonstrações diferentes desses sentimentos. Amor por um irmão, por um amigo ou amiga, pelos pais e por um homem cujo amor é mais amoroso no sentido romântico, esse último é o terrível que todos temem sentir e se afogar nesse imenso rio de sentimentos intensos. Borboletas no estômago? Óbvio que sim. Mãos trêmulas de nervoso? Sim. Lábios secos de desejo por um beijo? É inevitável. Sorrir em pensar nele? A coisa que um apaixonado mais faz durante o seu dia. O lado ruim de todo esse conto de fadas apaixonante, é você não ser correspondida e sofrer por tal, eu nunca tive uma relação amorosa com alguém, meus pais sempre me vigiam muito bem e quem tinha esse tipo de experiência era minha irmã que sempre ficou a procura de um marido, como se você não se casar fosse um sacrilégio ou um crime qualquer.

O que eu sentia por Luka me fazia ter medo de dar errado por não tentar e apenas o ter em lembrança, medo do sentimento não ser recíproco ou até mesmo ele ter me beijado para esquecer minha irmã que garantiu que eles viveram um romance. Amar é complexo demais, intenso ao extremo e a coisa mais linda que você pode sentir por alguém, até porque é preferível viver de amor do que nunca o ter conhecido. Saindo de meus devaneios e pensamentos filosóficos, me arrumava para ir com as meninas até o treino de espada dos cavaleiros reais, é meio óbvio que aceitei porque amo espadas e porque um certo alguém que me interessa estará lá, sim é o Luka. Escolho um vestido para variar, um não muito rodado na cor rosa claro, de mangas compridas e uma sapato sem saltos tão altos, o cabelo solto com tranças na franja presa para trás e segui assim para o dejejum com as meninas, sairemos acompanhadas com uns 4 guardas e voltaremos antes do almoço.

Na área de treinamento que ficava não muito distante do nosso castelo, o alojamento estava aberto a todos para os verem treinar, era uma competição de aptidão física, quem tivesse a melhor iria ser o líder que coordenará todos os cavaleiros reais e eu claro que torcia para o Luka ganhar esta competição, ele era um bom cavaleiro. Olhando agora as disputas com espada, eu nunca percebi o quanto ser cavaleiro é um trabalho nobre em proteger o castelo e todos que os habitam se arriscando para isso, sinto imensa gratidão por todos eles que lutam por nós em guerras e nos representam tão bem. Nunca vi uma mulher como cavaleira e me deixa irritada até triste, porque nós mulheres somos tão fortes, tão determinadas e tão capacitadas como eles, sempre procurei algo pelo qual eu me apaixonasse e me dedicasse, que eu nunca quis a coroa todos já sabem porque a minha irmã sempre se preparou para tal, mas ali naquela arquibancada em meio ao povo torcendo por um dos cavaleiros vencer a luta de espadas, eu me vi naquela luta e me vi ser uma cavaleira, sempre me disseram que eu tinha que proteger e representar meu povo, só que eu posso fazer isso com uma espada em mãos ao invés de uma coroa. Todos batiam palmas pela vitória de Luka em mais uma luta de espadas que o aproximava da final para ganhar o devido prêmio.

A Cavaleira (Livro 2) - Série RealezaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora