Red Carpet Crime || Larry

Capítulo dezenove - Bad Reputation

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Inglaterra – Reino Unido, 9:12

"Shawn Peter Raul Mendes foi uma das vítimas do atentado no domingo, dia cinco de maio de 2018. O atentado ocorreu na casa noturna Lux, por voltas das três e meia da manhã. Seus entes queridos deixaram uma nota de consideração aos fãs do artista. O velório foi fechado."

Os flashes iluminavam os olhos verdes, ao mesmo tempo que cegavam os azuis, em um mar de luzes intensas e frenéticas. Ao redor dos dois pares de olhos claros, formava-se um aglomerado agitado constituído por: seguranças, câmeras e repórteres curiosos. Os paparazzi se aglomeravam, tentavam flagrar uma lágrima de luto ou de culpa, qualquer foto que lhes rendesse algum dinheiro.

Tomlinson não prestara atenção na multidão ou em qualquer merda que lhe era perguntada sem escrúpulos nenhum. Ignorou a multidão e apenas seguiu junto a Styles até o portão do cemitério particular, de cabeça baixa e olhos escondidos pela mão do magnata, escoltado pelo segurança que os acompanhava.

Styles estava em seu terno preto perfeitamente alinhado, a cor escura era em respeito ao luto que a cerimônia simbolizava. Os óculos escuros em sua face cobriam seus olhos e todas as expressões que as câmeras buscavam. Passou pela multidão sem dar qualquer demonstração de como se sentia sobre o fatídico acontecimento.

"Sr. Styles existe uma razão para o ataque a sua boate?", uma jovem jornalista questionou, elevando sua voz para tentar ser ouvida entre muitos.

"Mendes era alvo de alguma perseguição? Tinha algum comportamento ilícito? Algo revelado na autópsia?" um homem de meia idade ergueu seu gravador em direção ao casal.

"Há algum indício de que isso seja mais uma tragédia causada por fanatismo?", outro homem questionou.

"Você acha que isso pode se tratar de uma guerra criminosa? O senhor tem alguma ligação com atiradores?", foi a última pergunta que Styles ouviu antes de enfim adentrar o local. Ele sabia que ninguém ao menos desconfiaria dele após uma reparação danos. Logo aquilo seria esquecido.

Em sua parte exterior ele aparentava luto demasiado, seu silêncio era acima de tudo respeitoso. Mas não era como se em seu interior houvesse uma festa, não era como se tudo aquilo tivesse lhe causado alguma felícia, porém sabia que fizera o que fora necessário. Talvez exorbitante demais, mas em sua compreensão era a solução mais eficaz.

— Está tudo bem? — indagou Styles, virando-se para Tomlinson quando a multidão fora deixada para trás.

O cantor apenas balançou a cabeça em concordância, se calando porque ainda pensava demais. Fazia nove dias desde que tudo acontecera naquela noite. Apenas após nove dias de autópsia o corpo do parceiro dos Styles seria enterrado. Tudo ainda rodopiava na mente de Louis causando-lhe um sentimento indesejado e não identificado.

Eles caminharam calmante lado a lado, com as mãos entrelaçadas e em total silêncio, em direção ao local onde a cerimônia fúnebre acontecia.

Sombreada por uma figueira, Swift descasava a mão direita sobre o caixão do parceiro, tendo o braço esquerdo inteiramente enfaixado. Ela era consolada por Malik, que permanecia em silêncio, a abraçando e acariciando de forma terna suas costas.

Todos que estiveram presentes naquela noite, agora seguravam flores e tinham olhares mórbidos. Ouviam o discurso fúnebre ser recitado pelo padre de forma neutra, quase como se tudo fosse apenas por respeito às tradições.

Por mais falso que soasse, todos os parceiros de Mendes sentiam de alguma forma a sua ida, por mais inconfidente e leviano que fosse, ainda era um deles. E dos presentes naquele funeral os únicos que tinham algum resquício de pesar eram os mesmos que haviam causado a sua precoce morte.