Capítulo 14

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Notas do Autor:
Er... então... Bem, a facul me deixou bem ocupado esses dias, eu tive algumas crises de ansiedade por conta das provas online (o mundo acabando e a estácio quer continuar o ano letivo normalmente kk)
Talvez tenham uns errinhos de digitação porque eu talvez tenha ficado com preguiça de revisar o capítulo mais de uma vez.
Enfim, me perdoem a demora e boa leitura 💕

    Ao me separar do abraço, voltei minha atenção para as pinturas. Todas elas eram tão lindas, e em todas eu fui retratado tão perfeitamente bem. De pequenos à grandes detalhes, suas pinturas eram dignas de serem emolduradas.

    Não estou dizendo isso porque me acho lindo e atraente, não, não sou convencido dessa forma, mas sim porque eu conseguia sentir todo o amor que Jayce havia depositado naqueles trabalhos. Eu as observei com atenção, uma por uma, sorrindo bobo para todas elas. Talvez eu tivesse algum distúrbio mental por aceitar o fato de que ele me seguia feito stalker e me desenhava diversas vezes, mas eu estava tão apaixonado que simplesmente não ligava para isso.

    Senti os braços fortes de Jayce rodearem minha cintura, colando seu peito nu às minhas costas, sua cabeça repousou sobre a curva de meu pescoço, escondendo o rosto ali. Senti a ponta de seu nariz se esfregar contra minha pele, como se sentindo o meu cheiro. Sorri com o ato.

    — Nicholas. — Falou baixinho, apertando meu corpo contra o dele. Eu fiquei confuso com sua fala. — Esse era o nome dele, de Nick.

    Deixei que minha surpresa fosse transparecida, mas não falei nada, apenas deixei que ele continuasse.

    — Ele era meu vizinho, o conheci um ano antes de matar meus pais... — Sua voz soava hesitante, aquele assunto parecia realmente algo difícil para ele. Levei uma mão até seus cabelos, os afagando, como num incentivo para continuar. — Estudávamos juntos, éramos colegas de classe... — Tomou uma respiração longa, como se recolhendo coragem para continuar. — Eu gostava dele, muito, mas eu não conseguia me aproximar, eu costumava ser muito tímido. — Parou um pouco. — Então para compensar a vontade que eu tinha de me aproximar, eu o seguia, e o desenhava. Eu tinha vários desenhos dele... — Ao ouvir aquilo, minha mente se inquietou, um sentimento esquisito surgiu em meu peito por um momento. — Mas um dia eu decidi que iria falar com ele, afinal, não doeria contar pra ele o que eu sentia, eu, na pior das hipóteses, seria rejeitado. — Riu brevemente, sem emoção. — Mostrei a ele meus desenhos, contei o que sentia, e o chamei para sair, e então... — A esse ponto, a voz de Jayce se tornou embargada.

    — Então...? — Incentivei. Apesar de saber como o assunto era difícil, eu queria saber o motivo de ele estar tendo pesadelos com aquilo.

    — Ele me rejeitou. — Fungou baixinho. — Me chamou de louco por ter seguido ele e disse que tinha nojo de mim por eu ser gay. — Jay apertou mais meu corpo, e eu pude ouvir soluços baixinhos. Eu senti uma dor imensa em meu peito ao ouvir aquilo, ao saber que ele havia sido rejeitado de forma tão dolorosa. — Q-quando eu vi você pela primeira vez, eu estava disposto a fazer o mesmo, a te seguir e te desenhar, várias e várias vezes, por que era o máximo que eu poderia fazer.

    Então pude entender o motivo de eu não poder entrar naquele quarto, a razão de ele estar tão inseguro ao me mostrar as pinturas. Ele continuou:

    — Eu tive medo de que você fizesse a mesma coisa. — Eu já podia sentir suas lágrimas molharem minha camisa. — Tive medo de que você me rejeitasse... — Ouvir aquilo doía tanto! Ver Jayce daquela forma, se abrindo daquela maneira, sentia meu peito se apertar de maneira horrível. — Medo de que você sentisse nojo de mim também! — E aquilo foi o cúmulo.

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