Capítulo 1

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Notas da Autora:
Opa, pessoal, tudo bem?
Então, estou de volta no Wattpad depois de alguns anos, sim, anos.
Então, a história não vai ser tão longa, e tenho alguns avisos para dar:
1. Essa história aborda a Síndrome de Estocolmo (onde a vítima se apaixona por seu sequestrador), mas não de forma tão complicada.
2. Conteúdo homoafetivo, se você não gosta, não leia.
3. Vão ter coisinhas meio pesadas no decorrer da história (na verdade não imagino que seja tão pesado assim) então se preparem.

Sem mais delongas, boa leitura!

08 de Junho, 14:30.

       Tudo aquilo havia sido assustador de início.

       Minha cabeça doía um pouco quando acordei, não demorei quase nada para me acostumar com a luminosidade do local, já que não era muita. Ergui meu corpo sentindo uma pequena tontura, notei que estava em um sofá de couro marrom, olhei ao redor devagar, notando estar em uma sala de estar bem simples, mas aconchegante. Havia uma mesinha de centro, feita com uma madeira escura, na parede em frente ao sofá onde estava, havia uma televisão consideravelmente grande – parecia ter umas 50 polegadas, mas era só um chute –, abaixo dela havia um móvel, onde estava um console de videogame, dois controles e vários jogos.

        Eu sinceramente não fazia ideia de onde estava.

       Levantei do sofá, e inseguro, fui dar uma volta pelo local. Havia uma pequena mesa de jantar na sala de estar, já que a cozinha era pequena para ela.

       Chequei as janelas, afastando as cortinas, vendo que, pela posição do sol, já devia ser mais de meio dia. Olhei a paisagem em volta, eu estava em um prédio consideravelmente alto, talvez tivesse dez andares, mais ou menos; haviam vários prédios ao redor, eu também não conseguia reconhecer o bairro onde estava, o que só me deixou mais ansioso.

       Haviam três quartos, os quais eu tomei a liberdade de dar uma olhada, um deles era bem simples, havia uma cama de solteiro com um pequeno guarda-roupa, um criado-mudo ao lado da cama, o qual possuía um abajur em cima. O outro possuía uma cama de casal, um guarda-roupa de tamanho médio, uma escrivaninha com algumas folhas de papel espalhadas e uma luminária do lado. Me aproximei da escrivaninha, vendo que os vários papéis eram na verdade desenhos, desenhos muito bem feitos, de pessoas, de paisagens. O dono daqueles desenhos possuía um traço muito bonito, eu não chegaria nem aos pés dele.

       — Gostou dos meus desenhos? — Me sobressaltei, ao ouvir uma voz grave vindo da porta do quarto, acabei por derrubar os desenhos que estava segurando.

       Me virei para o dono da voz, e, aparentemente, dos desenhos também, vendo um homem mascarado; ele era alto, de pele clara, a qual sustentava diversas cicatrizes – visíveis por estar usando uma regata escura –, possuía um corpo forte, porém não exagerado, seus cabelos eram escuros, e ele possuía um pequeno sorriso na face. A máscara cobria apenas parte de seu rosto, a testa, os olhos e parte do nariz, sendo assim eu não sabia dizer a cor de seus olhos. Com o que eu podia ver de seu rosto, e considerando seu corpo, ele era muito bonito.

       Mas... quem era ele?

       E o principal: Onde raios eu estou??

       — Q-quem é você? — Me praguejei internamente por gaguejar. — E onde eu estou?? — Elevei o tom de voz, já notando o rumo da situação. — O que você quer comigo?? — Nesse ponto eu já estava gritando.

       O sorriso dele aumentou, talvez estivesse se divertindo com meu desespero?

       — Acalme-se. — Deu alguns passos para perto de mim, o que me fez recuar, até bater as costas contra a parede, notei que estava encurralado. — Pode me chamar de Jayce. — Sua voz era calma, o jeito que ele sorria me incomodava, sentia que poderia morrer a qualquer minuto. — Eu te sequestrei, e a partir de hoje você é meu prisioneiro, me obedeça e talvez eu possa ser gentil com você. — Falou como se fosse um discurso rotineiro.

Sequestro de VerãoWhere stories live. Discover now