Capítulo 8

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POV Kimberly Poole

- Quer me contar o que aconteceu? – Andrew, vulgo completo desconhecido, me perguntou enquanto eu ainda estava envolvida em seus braços.

- Não. Mas quero que me tire daqui.

- Vai entrar no carro de um desconhecido? Seus pais não te educaram quanto a isso? – Ele tirou sarro enquanto me direcionou até o lado do carona e abriu a porta para mim.

- Mais fodida do que eu já estou não tem como ficar. Acredite. – Ele riu. Mas o pior é que eu estava falando sério. Muito sério.

- E pra onde eu te levo exatamente? – Ele perguntou quando já estávamos dentro do carro e ele dirigia sem um destino específico.

- A qualquer lugar onde eu possa beber até esquecer o meu nome e, consequentemente, esquecer o dia de hoje.

- Não acho que você esteja em condições de ir à uma boate. – O cara tirou os olhos da pista e me olhou de cima a baixo.

- Ótimo. Podemos ir pra sua casa então. – Eu disse e ele me olhou surpreso, arqueando uma de suas sobrancelhas e logo voltou a sua atenção para a pista.

Andrew não disse mais nada, apenas dirigiu o carro para onde eu suponho que seja a sua casa. Poucos minutos depois, ele apertou um botão em um controle portátil que havia dentro do carro e o portão de uma enorme mansão se abriu e ele entrou, estacionando o carro na garagem onde havia mais uma enorme quantidade de carros.

- É uma linda casa. – Eu disse quando já estávamos dentro da mansão. Era realmente muito linda. Tudo em porcelanato. Havia uma escadaria dupla no centro da enorme sala, dando acesso ao segundo piso. Era realmente uma puta de uma mansão.

- Ah, obrigado. – Ele deu de ombros. – Bom, vamos. Eu tenho uma adega no meu quarto. – Ele se direcionou para as escadas e eu limpei a garganta.

- É... seu quarto? – Perguntei, de certa forma sem graça e ele olhou para mim com um sorriso sapeca em seus lábios.

- Relaxa. É... – Ele fez uma cara de quem estava se esforçando para lembrar de alguma coisa. – Kimberly, né? – Eu balancei a cabeça, assentindo. – Não vai acontecer nada que você não queira que aconteça. – Sorri, negando com a cabeça ao perceber as entrelinhas em sua última frase e o segui.

Quando chegamos ao segundo andar, paramos em um corredor com diversas portas e ele se direcionou à segunda porta à esquerda, e eu o segui. O quarto era enorme e muito lindo. Além da parte da cama, havia 3 portas, uma que dava pra ver que era a adega e mais duas, que eu suponho que seja banheiro e closet.

Ele entrou na porta onde dava acesso à adega e eu sentei na cama, analisando todo o seu quarto. Havia uma sacada que dava visão para tudo do lado de fora e eu me direcionei para a mesma, sentando em uma das poltronas que havia ali, sentindo a brisa do vento bater em meu rosto.

Andrew adentrou a varanda, com dois copos com gelo e uma garrafa de Whisky na mão. Eu o ajudei, pegando os copos, colocando-os em cima da mesinha de vidro que tinha entre as duas poltronas.

- Whisky é suficiente pra fazer você esquecer o seu nome? – Perguntou em tom de brincadeira enquanto enchia os dois copos.

- Acho que vou precisar de um pouco mais que isso. – Peguei um dos copos e o levei até os lábios, beberricando o mesmo.

- E que tal isso? – Ele tirou do bolso um saquinho com cocaína e o sacudiu em minha direção.

- Nunca usei isso... – Eu disse receosa, estendendo a mão em sua direção e puxando o saquinho, analisando o mesmo em minhas mãos.

Double-CrossWhere stories live. Discover now