Capítulo 10

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POV Colton Poole

- Kimberly, eu... – Parei de falar assim que adentrei em seu escritório e a vi. Ela estava sentada em sua cadeira, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto. – O que aconteceu? – Ela passou as mãos no rosto, secando o mesmo.

- Nada... Não foi nada. – Ela se ajeitou na cadeira e eu me aproximei de sua mesa, vendo um envelope em sua frente. – O que é isso? – Eu peguei o envelope e abri o mesmo, vendo do que se tratava.

- Eu sou uma idiota.

- Achei que você estava bem com isso... – Eu puxei a outra cadeira com rodas que tinha em seu escritório e me sentei ao seu lado. – E o Andrew? Achei que estivessem namorando.

- Não rotulamos nada. – Ela me olhou. – Decidimos ir com calma.

- Ele sabe? – Me referi a Justin e ela entendeu.

- Eu contei na noite em que ficamos a primeira vez.

- Antes ou depois?

- Antes. – Ela disse e eu passei a mão em meu cabelo, ajeitando o mesmo.

- Bom, menos mal.

- O que eu faço? – Ela perguntou e eu arqueei as sobrancelhas.

- Nada, Kimberly. Você não faz nada.

- Acha que eu deveria ir?

- Ao casamento? – Perguntei e ela assentiu. – Seria bom. Quer dizer, nós três temos grandes empresas que são parceiras. Justin é muito conhecido e nós também. Politicamente falando, é importante que estejamos lá.

- Você vai me ajudar com isso? – Ela perguntou deitando a cabeça em meu ombro e eu sorri.

- Sempre. – Eu levei minha mão ao seu cabelo e acariciei o mesmo.

Kimberly levantou a cabeça do meu ombro e virou a minha cadeira, me fazendo ficar de frente pra ela. Eu ainda não conseguia entender como ela conseguiu se apaixonar por aquele otário tão rápido assim. Ela segurou meu rosto com ambas as mãos e puxou o mesmo em direção ao dela, colando nossas testas e fechou os olhos. Eu respirei profundamente e fechei os meus logo em seguida, enquanto ela acariciava meu rosto com uma de suas mãos e eu levei uma mão ao seu cabelo, afagando seus fios.

- Você é melhor do que isso, Kimberly. Justin não merece que fique assim por ele. – Eu disse baixo, com nossas respirações se misturando devido à proximidade de nossos rostos.

- O pior é que eu sei disso. – Ela deslizou seu rosto para o lado, deixando sua bochecha colada na minha.

- Preciso trabalhar... – Eu disse baixo, próximo ao seu ouvido e ela assentiu se afastando de mim.

- Tudo bem, eu também preciso. Tenho que fazer um levantamento de todas as vendas das últimas quatro semanas e dos lucros.

- Não temos um contador para fazer isso? – Eu arqueei a sobrancelha.

- Temos. Mas eu quero passar a estar por dentro disso também. – Ela disse e eu dei de ombros.

- Se eu te ver chorando por aquele cara de novo, eu juro que te mato. – Eu disse em tom de brincadeira e a olhei, já com a mão na maçaneta da porta.

- Eu te amo, Colton. – Ela me olhou sorrindo.

- Eu também.

Eu saí do escritório dela e fui em direção ao meu. Em partes eu me sentia mal pelo o que estava fazendo com ela. Eu não minto quando digo que a amo. Eu realmente amo, porém eu tenho planos, que nem foi ela que os estragou e sim meu pai quando deixou quase tudo pra ela.

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