— Isso nos dá exatamente o que precisamos — interveio Renato. — Tempo.

César olhou para o perito — ele está certo. Se não estou enganado são dois a seis anos e multa. Mas que sejam apenas alguns dias, é o suficiente para vocês encontrarem alguma coisa.

O perito acenou com a cabeça sorrindo.

Quase uma hora depois, a equipe que estava no parque chegou ao prédio da polícia. César explicou tudo o que tinha acontecido até aquele momento os peritos contaram como foram as buscas e a descoberta do corpo de Luiz.

— O carro do Edward ainda está aqui no prédio? — perguntou Grissom.

— Sim, e o patinete dentro dele — respondeu Renato. — Ele deixou que analisássemos sem mandato.

— Ótimo! — Grissom se animou. — Nós vamos para a garagem vasculhar aquele carro e o brinquedo até encontrarmos mais alguma coisa.

— Se as digitais com sangue forem dele não é o suficiente para a condenação? — perguntou Samara.

— Não se ele conseguir convencer o júri que estava ali de passagem e se assustou com o que viu — respondeu o perito.

— Façam isso então — César olhou para o relógio em seu pulso. — Eu vou ver se o Edward tem um advogado para quem queira ligar, o que eu duvido — a animação parecia ter contagiado César também. — Se não tiver, vamos arrumar um para ele.

— Sara e Greg, processem a digital daquela mancha de sangue que encontramos na parede perto do Luiz, por favor — pediu Grissom. — Fiquem com os arquivos das impressões que tiramos do menino. As do Edward já estão no sistema.

Layla pegou a câmera, retirou o cartão de memória com as imagens e entregou para Sara enquanto Greg pegou a pasta que Grissom lhe passava.

— A análise do DNA naquela mancha, eu imagino, terá que ser feita fora daqui? — quis confirmar o perito.

— Infelizmente sim, mas vou ver se dou um jeito de acelerar o processo — afirmou Layla.

— Então vamos — convocou o CSI e cada um seguiu um caminho diferente.

A parte da garagem reservada para as análises era totalmente isolada do resto do local onde os policiais estacionavam as viaturas. Na verdade se parecia muito com uma oficina mecânica com espaço para acomodar quatro carros.

Depois de tirar a corrente dos portões de ferro e deslizá-los sobre um trilho, Renato acionou um interruptor que acendeu quatro duplas de lâmpadas florescentes.

Na parede oposta à que eles entraram ficava a saída para a rua também fechada por um portão do mesmo tipo.

Ao lado direito e esquerdo do grupo, várias prateleiras presas às paredes armazenavam ferramentas tanto para desmontar uma máquina quanto para analisá-la.

— Aqui — Layla ofereceu a Grissom um par de luvas de látex depois de calçar duas.

O perito as pegou e ela esticou a caixa que segurava na direção de Renato e Samara.

— Já olhei o carro todo — respondeu ele. — Está limpo. Só têm digitais do Edward. Nem cabelo eu consegui encontrar. A não ser que esse aqui conte.

Renato puxou uma mesa de metal com rodinhas que deixara na frente do carro onde havia um saco plástico com um amontoado escuro dentro.

— O que é isso? — perguntou Layla.

— Uma peruca. Estava no porta-luvas — como estava sem luvas ele passou a evidência para a amiga que a retirou da embalagem e mostrou para Grissom.

Esconde - EscondeWhere stories live. Discover now