Capítulo 8 - Posso te levar para casa?

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-Jimin... – ele disse, pacientemente. – Olha. Para. A. Minha. Cara. – falou pausadamente, passando a mão na frente do rosto enquanto falava. – Você acha que eu tenho o MÍNIMO de potencial para sentir ciúmes de alguém?

Aquilo estava cômico demais para eu responder alguma coisa, então eu apenas disse "não" com a cabeça, tentando segurar uma risada para não cuspir sem querer o suco que ainda estava na minha boca.

-Além disso, quanto mais você fala dele, indiretamente você está jogando na minha cara como eu sou o total e absoluto responsável por essa amizade estar progredindo tão rápido. – fez uma jogada de cabelo extremamente dramática, e finalmente pude rir.

-O pior é que minha aula só é amanhã. Que triste.

-Boa sorte, carinha. – bateu de leve no meu ombro.

O sinal tocou, e nos levantamos para voltar à sala de aula. Jogamos as caixas de suco no lixo e subimos as escadas. Como sempre, o Tae guardou o canudo no bolso, apenas porque sim. Enquanto subíamos os degraus e atravessávamos o mar de alunos subindo também e falando ao mesmo tempo. Estávamos quase na sala, quando literalmente o Taehyung solta essa:

-Admita, você tá louco pra ver ele, não é?

E depois saiu na minha frente, dando risada e se perdendo no meio dos outros estudantes. Eu tomei um susto quando ele disse isso, assim, no meio do corredor, e qualquer pessoa que ouvisse isso poderia pensar outra coisa.

Mas o pior de tudo é que ele estava certo.

Sempre certo.

E quando ele fala uma verdade que eu me recuso a aceitar, ou que me irrita pela quantidade de vezes que ele está com a verdade, eu mando ele ir à merda.

E foi o que eu fiz. Não me arrependo.

* * * * *

Eu tive a melhor surpresa de toda a minha vida.

O sinal da saída já tinha tocado, então como de costume, Taehyung e eu fomos conversando até o caminho da saída. Na verdade, a mãe dele prefere que ele fique dentro da escola, já que ela acaba passando na biblioteca para falar com a amiga dela, que é funcionária do atendimento. Como ela normalmente chega depois do meu pai, ficamos sentados na escada conversando e, quando ele chega, ele entra novamente. Bem, seguimos essa mesma rotina hoje, embrenhados no meio das pessoas que saiam apressadas pelas catracas. Como já era esperado, meu pai ainda não estava do lado de fora, então aproveitamos para reservar logo nosso lugar no canto da escada para não atrapalhar a passagem das pessoas. E aí ficamos conversando por uns 5 minutos, quando meu celular vibrou. Surpreendentemente era uma mensagem de JK:

Olha pra frente...

Fiquei muito confuso, óbvio, mas fiz o que ele me pediu, embora não entendesse o que ele quis dizer.

E quando olhei, eu não conseguia nem acreditar.

Do outro lado da rua, perto da calçada, estava ele. Acenando para mim. Numa bicicleta. A minha bicicleta. O que significava uma coisa: ele tinha vindo da casa dele até a minha escola na bicicleta. Sem cair. Eu me preenchi de orgulho e felicidade ao vê-lo acenado sorridente para mim.

-Aquele é o JK? – Tae perguntou, cerrando os olhos para ver melhor. – E ele está na sua bicicleta?

- "Sim" para as duas perguntas. – respondi, e acenei de volta para ele.

-Muito fofo da parte dele. Duvido que alguém vá fazer isso algum dia para mim.

-Ah, não seja pessimista, talvez algum dia você encontre alguém assim.

Jikook - Atitudes Valem Mais do que PalavrasDonde viven las historias. Descúbrelo ahora