Capítulo 19 - Batalha contra Tinker Bell e os Piratas

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-Jimin, pare de se mexer. – minha mãe repetia pela quarta ou quinta vez, enquanto tentava ajeitar a gola da fantasia. Acho que ela estava levando aquilo bem a sério. Mas não posso julgá-la, afinal eu também estava empolgado para isso.

-Por favor, me diga que já está acabando. – respondi, um tanto impaciente. – O Taehyung está vindo?

-A mãe dele disse que já está chegando. Espera aí...só mais uma coisa e... Pronto! – exclamou, empolgada, o que me fez suspirar aliviado. Dei mais uma olhada no espelho, ajeitando um pouco mais o meu cabelo. Tinha pensado em colocar gel e puxar meu cabelo para o lado, mas digamos que meu cabelo e qualquer tipo de gel não eram muito amigos, já que depois dava um grande trabalho para tirar tudo, e ainda ficavam umas lasquinhas brancas do gel seco, então decidi me conformar em ser um Conde Drácula de cabelo bagunçado.

Me joguei no sofá, mas ainda tomando cuidado para não amassar demais a fantasia, porque eu tinha certeza de que minha mãe iria surtar se alguma coisa ficasse minimamente bagunçada, então tomei o cuidado de levantar a caba vermelha e deixá-la por cima da cabeceira do sofá.

Peguei o celular e verifiquei novamente se alguma mensagem havia chegado. Nada. Suspirei, chateado. Mas, como se fosse algum sinal do universo, três minutos depois, a campainha tocou.

Fiz questão de ir abrir a porta, e me deparei com a melhor coisa que poderia ver naquela noite.

Taehyung vestido de pato.

Parado numa pose fabulosa, imitando a foto antiga de quando tínhamos seis anos. Ele já havia retirado o gesso, o que acaba facilitando muito as coisas. Não pude evitar de ficar boquiaberto, e não tentei disfarçar minha surpresa com aquilo. Estava inegavelmente perfeito. Depois comecei a rir incontrolavelmente, até que ele veio me abraçar bem forte, e eu apenas retribuí.

-Eu sei, eu sei, estou fabulosamente incrível, eu sei. – ele falou, me apertando mais e me tirando do chão. – Cara, foi tão difícil encontrar uma fantasia dessas que coubesse em mim. – se desfez do abraço. – Foi um enorme desafio, mas finalmente deu certo.

-Imagino o sofrimento. – falo no meio das risadas, e ele acena com a cabeça. – A minha mãe insistiu em deixar isso aqui impecável. – falo, apontando para minha roupa. – Ela não me deixava nem encostar nela, tinha que "Guardar para o grande dia".

-Que na verdade é uma festa de Halloween a céu aberto numa praça, com um monte de food trucks, músicas, atividades e crianças fantasiadas correndo de um lado para o outro e caindo de cara no chão. Grande dia.

-Com certeza.

-Olha, sinceramente, ainda bem que está frio, porque essa roupa não é nem um pouco arejada. – completou, tirando o capuz da cabeça de pato e se sentando no sofá, se jogando no meio das almofadas.

-Essa roupa aqui também não é lá muito confortável, ainda bem que é de noite. – completei, me sentando ao lado dele.

-Cadê seu namorado?

-Provavelmente se arrumando ainda. Eu nem sei do que ele vai se vestir.

-Então vai ser surpresa? Medo.

-Essa criatura vai me matar de curiosidade.

-Mas ele não deu nenhuma pista nem nada assim?

-Não, nada.

-Será que ele vai se fantasiar de petúnia? Que nem aquelas peças infantis, onde a única coisa que você tem que fazer é ficar sentado no fundo do palco com uma flor ao redor do seu rosto, e a sua mãe mostra as suas fotos e vídeos nas reuniões de família como se você fosse um ator de Hollywood, quando tudo que você fez foi ficar parado com a mesma cara durante vinte minutos?

Jikook - Atitudes Valem Mais do que PalavrasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora