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Quanto mais o tempo se passava, mais estranhas as coisas ficavam.

Rony estava muito machucado para aparatar, então tinham que ir andando por aí, o que tornava tudo mais difícil. Hermione vivia preocupada com tudo e todos, tentava desesperada achar alguma coisa para estudar que fosse ajudar e ficava sempre muito frustrada quando não conseguia. Harry era o que mais ficava com a Horcruxe pendurada no pescoço (já que não acharam jeito de se livrar dela) o que o tornava uma pessoa estourada e agressiva. Já Ella estava cada vez mais irritada, era a mais forte deles e aparentemente não conseguia quebrar um colar, aquilo estava a levando a loucura.

Fora que, Rony ficava ouvindo um radinho todo dia, toda hora do jornal noturno, feito por um grupo de resistência, as vozes eram sempre conhecidas, era Dino Thomas na maioria das vezes, antes locutor de Quadribol, e agora locutor da rádio. Era uma rádio escondida e proibida, que dizia as novidades reais sobre o que estava acontecendo, coisas que nenhum jornal iria falar de verdade com a nova ditadura de Voldemort. Haviam códigos especiais para cada coisa, e Dino sempre falava os nomes de pessoas que morreram ou desapareceram. Os números sempre aumentavam.

Meses inteiros se passaram, eles ja tinham perdido noção do tempo.

Era de noite e estavam em uma floresta, bem no alto do morro. Harry estava sentado em uma cadeira, enquanto Hermione tentava cortar o cabelo do garoto que já tinha crescido de mais, sua barba estava crescendo aos poucos, e ele odiava aquilo. Rony estava deitado na cama, ouvindo o rádio mais uma vez, muito calado.

Ella estava sentada em uma poltrona pequena e meio desconfortável, estava com a Horcruxe na mão, a olhando de perto. Era a herança de Salazar Sonseina, o próprio, tinha passado de geração em geração, e Voldemort era o herdeiro. Parte dela sentiu inveja, ela bem que queria ser herdeira de Salazar também, e parte dela desejava não precisar destruir aquela relíquia da história.

Bufou, sabendo bem no fundo que aquilo era somente a alma de Voldemort dentro do objeto tentando mexer com ela. Aquilo só a deu mais raiva ainda.

- Não adianta ficar encarando, não vai pular aberto e quebrar. - Harry brincou.

Ella o olhou, acabou por dar um risinho:

- Bem que eu queria. Mas acho que se não quebrou depois de tantas cajadadas que eu dei, meu poder da mente não vai ser tão melhor.

- Aposto que não. - Ele riu. - Queria que Dumbledore tivesse deixado mais pra gente.

- Como assim? - Jogou o colar para Rony, era a vez dele, o garoto passou pelo pescoço sem se importar muito.

- Ele deixou um Desiluminador para Rony que nós nunca precisamos usar direito, um livro pra Hermione de histórias pra crianças cheio de rabiscos que não fazem sentido, e uma espada pra mim que nem pode ser minha.

- E um pomo de ouro. - Ella lembrou.

- Tá, esse é legal. - Revirou os olhos com um sorrisinho, tentando ficar o mais parado possível para Hermione cortar certo. - Queria que ele tivesse deixado algo que realmente nós ajudasse a destruir essas coisas... Sei la, ou pelo menos pistas de como fazer isso...

- Oh meu Deus! - Hermione exclamou.

Harry tomou um susto, passando a mão na nuca. Parecia tudo certo. Hermione tinha jogado a tesoura no chão e saiu dali rapidamente, indo pra uma mesa que tinham colocado ali, aonde espalharam livros e ideias que tinham coletado.

Harry e Ella se olharam, então seguiram a menina.

- Mione? - Ella chama. - Que ouve?

- Como é que eu não pensei nisso antes? É óbvio!

Merlin - Draco Malfoy Where stories live. Discover now