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Hogwarts sempre foi a casa de muitos dali, mas era claro que naquele momento ela nunca pareceu tão aconchegante quanto agora. Chegaram na hora do café da manha, e famintos, foram todos ate lá, assustando todos por suas aparências acabadas.

- Professor Dumbledore! - Minerva corria ate eles. - O que foi que aconteceu?

- Muitas coisas, Minerva, e logo vão sair nos jornais, aposto. Só precisamos comer e descansar agora.

Acabaram que sentaram todos juntos na mesa da Grifinoria, e comeram ali em um canto mesmo, antes de todos se dispersarem. Era dia de voltar para casa, para as ferias. Harry foi com Dumbledore, e Merlin saiu de vista, enquanto Ella foi abordada por Draco quando estava quase chegando no quadro da serpente.

- Que foi que aconteceu com você?

Ela o olha, cansada.

- Voldemort. Ele aconteceu conosco. - Suspirou, se apoiando em uma parede. - Foi uma armadilha, caímos certinho nela... Tinha muitos Comensais da Morte lá.

- Comensais? - Draco engole em seco.

Ella o olhou, tentando achar o melhor jeito de dizer que ela sabia que o pai dele estava andando com Comensais, e pior ainda, que o pai dele tinha sido capturado.

- Eu vi o seu pai, Draco.

O menino trava, ficando duro no lugar, sem conseguir mexer um musculo.

- Ella... Eu...

- No fundo eu já sabia que isso poderia acontecer. - Ela continua, não dando espaço para que ele diga nada a mais. - Os Malfoy são uma família nobre e antiga, muito poderosa, e foram aliados de Voldemort em sua primeira vinda. Eu sabia que era muito mais do que provável que vocês se unissem a ele de novo. Claro que parte de mim não queria acreditar, mas... - Suspiro.

- Ella eu não sou um deles. - Draco murmura, quase que envergonhado. - Mas meus pais... Eles estão do lado dele, toda minha família está, e eles esperam que eu siga para este lado também. Não estou dizendo que concordo com tudo isso, não é isso mesmo. Mas eu não sei o que o Lorde das Trevas faria com minha família se eu o negasse.

Ella ficou quieta, pensando. Ele os torturaria, é claro. Ameaçaria Draco, dizendo que se ele não fizesse o que fosse mandado, sua família iria sofrer.

- Não quero lutar contra você. - Ele chega mais perto. - Mas não posso botar minha família em perigo.

A menina segurou os braços de Draco, o olhando no fundo dos olhos:

- Seu pai foi pego hoje, ele foi capturado e a essa hora já foi encontrado junto com os outros Comensais. - Ella não sabia que era possível, mas Draco ficou ainda mais pálido. - Eu sei que sua mãe só esta nessa por conta de seu pai, mas não precisa estar. Dumbledore pode ajudar, você não precisa fazer isso sozinho, não precisa tomar conta deles sozinho. - Chega mais perto. - Não existe só um lado pra você Draco, e... E se você escolher este lado, eu vou estar bem aqui te esperando. Eu luto ao seu lado, eu ajudo você no que for preciso. Eu... Eu luto por você.

Eles estavam muito próximos, muito próximos mesmo. Seus rostos quase se tocavam. Ella podia ver nos olhos de Draco, estavam marejados.

- Se você lutar por mim, Draco. Por nós. Eu luto ate meu ultimo suspiro também.

E então, ela se inclinou para cima, ficando na ponta dos pés e selando seus lábios no de Draco. Ele estava confuso no começo, mas a compreensão foi instantânea. Segurou a cintura de Ella, a beijando de volta.

Foi mais um selinho do que um beijo de verdade, e logo Ella se soltou dele, o olhando.

- Eu tenho que ir, Draco. Mas pense nisso, nas ferias.

Merlin - Draco Malfoy Onde as histórias ganham vida. Descobre agora