Capítulo 9.

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Larissa narrando.

Passei o dia todo na casa da brenda, tomei banho e quando escutei uma buzina de moto eu saí dando de cara com o castro.

Larissa: oi. - falei sorrindo.

Castro: eai, mina. Sobe ai.

Larissa: ué, cadê o capacete?

Castro: mané capacete, pô. O negócio é sentir a brisa no rosto. - falou e eu franzi a testa.

Larissa: então eu não vou.

Castro: para de marra, pô.

Larissa: tchau castro.

Castro: sobe logo nessa porra e a gente vai pegar o capacete, mandada. - falou e eu sorri vitoriosa subindo na moto.

Castro já tinha saído do morro e andava com a moto em alta velocidade, só depois de um tempo eu fui perceber que ele não iria pegar capacete nenhum, xinguei ele pra caramba, mas o idiota fingia que nem ouvia.

Depois de um tempo em alta velocidade ele parou em uma praia, tava bem deserta, só dava pra escutar o barulho do mar e do vento.

Larissa: você me enganou, seu ridículo. - falei dando tapas de leve no braço dele.

Castro: para de reclamar, chatona. Olha a vista. - falou e foi me puxando pra areia, nos sentamos ali mesmo e ficamos admirando o mar. Um silêncio se instalou e eu como a boa tagarela que sou, resolvi puxar um assunto.

Larissa: qual o seu nome? - perguntei enquanto ainda admirava o mar, que naquela noite estava bem agitado.

Castro: castro, pô.

Larissa: tô perguntando seu nome, não seu vulgo.

Castro: mas se eu tenho um vulgo é justamente pra ninguém saber meu nome.

Larissa: creio que não sou uma ameaça pra você, então não tem porque não me falar.

Castro: nunca se sabe. - falou dando um sorriso de lado e eu revirei os olhos. - mas e você? Me conta sobre tu pô, sempre te vi no morro mas nunca ouvi falarem nada de você, a não ser o paga pau do fp que só sabe falar bem né.

Larissa: é que eu nunca gostei de chamar a atenção sabe, então evito sempre chamar a atenção lá no morro de qualquer forma, acho que por isso nunca nem fiquei com ninguém de lá, sempre me relacionei com meninos aqui da pista.

Castro: sou ninguém agora, porra? - perguntou se fazendo de ofendido e eu dei risada.

Larissa: só um beijinho, cara.

Castro: eu tô ligado que você fez pra provocar a lorrane.

Larissa: eu fiquei com muita raiva dela aquele dia, quis atingir de alguma forma, mas me arrependo um pouco.

Castro: se arrepende o carai, pô. Eu beijo bem e você ficou caidinha, fala tu.

Larissa: não me arrependo do beijo, mas de ter provocado ela sabe, vai que ela gostava mesmo de você?

Castro: gostava o caralho, aquelas mandadas do morro só querem saber do dinheiro e poder do cara. Vê bem se elas dão essa moral pra vapor, pô? Dão nada, só querem saber de quem tá lá no alto, bagulho escrotão.

Larissa: não entendo a tara que elas tem de ser mulher de bandido. - falei sincera.

Castro: a tara é o dinheiro, ingênua.

Larissa: para de me chamar de ingênua, garoto. - falei cruzando os braços e acariciando eles, tava muito frio.

Castro: mas tu é, pô.

Larissa: você nem me conhece direito.

Castro: conheço pelo que o fp fala, e o cara diz que você é praticamente uma criança de tão ingênua.

Larissa: fp é ridiculo. - falei emburrada e ele riu. O sorriso dele era bonito demais, que saco.

Castro: tá com frio?

Larissa: muito.

Castro: que pena. - falou simples e eu o olhei incrédula. Sim, eu estava esperando que ele fosse me dar o casaco que ele tava usando. Que mico, larissa.

Larissa: cavalheirismo que é bom, nada.

Castro: se for esperar cavalheirismo de bandido pode esperar sentada, pô. E de preferência na minha pica. - falou como se fosse a coisa mais normal do mundo e eu comecei a rir, certeza que já tava vermelha.

Larissa: escroto. - falei enquanto me recuperava da crise de riso. - mas fala a real, por que me trouxe aqui?

Castro: ué, quero te comer pô. - falou e eu fiquei chocada com a normalidade que ele falava. Mas pelo menos foi sincero.

Larissa: viagem perdida então. - falei negando com a cabeça e ele colocou a mão na minha nuca me puxando pra ele e fazendo nossos lábios colarem, então logo entramos em um beijo calmo mas que logo foi ficando agressivo, ele logo tratou de colocar uma mão por baixo da minha blusa e apertar meu peito, gemi baixinho contra seus lábios, mas logo caí em mim de novo.

Larissa: para, castro. - pedi recuperando o fôlego, enquanto ele ia descendo os beijos pelo meu pescoço.

Castro: porra, para de ser marrenta. - pediu me encarando.

Larissa: não sou marrenta, só não quero mais um problema pra minha cabeça, e creio eu que ficar com o cobiçado dono do morro seja um problemão.

Castro: tenho nada com ninguém não pô, sou livre. E se alguma nega for encher teu saco eu resolvo, mas vai ser tudo no sigilo, se preocupa não. - pediu voltando a beijar meu pescoço, mas eu me afastei mais uma vez.

Larissa: melhor não, ok?

Castro: chatona, mané. Não sei como o fp te aguenta.

Larissa: porque ele me ama.

Castro: porque ele é um gado do caralho, isso sim. - falou e eu ri fraco.

Larissa: que nada, o felipe é só meu amigo. E inclusive, você também pode ser, gostei de você.

Castro: sem essa, pô. Amizade entre homem e mulher só rola se for amizade colorida.

Larissa: nada a ver, garoto. Vou te provar que podemos ser amigos sim.

Castro: eu quero te comer, larissa. Quero ser seu amigo não, mandada. - falou e eu ignorei.

Larissa: mas vai ser meu amigo sim, resolvido. - falei pegando a mão dele e apertando, contra a vontade do próprio.

Castro: nega teimosa do caralho mermo, viu. - falou e eu ri.

Larissa: deve já tá tarde, melhor a gente ir né. - falei me levantando e passando a mão na bunda pra tirar a areia.

Castro: Então vamo. - falou e eu fui seguindo ele em direção a moto. - toma essa merda logo pra ver se para de bater os dentes. - falou tirando o casaco e me entregando.

Larissa: finalmente né princeso. - falei colocando o casaco quentinho que tinha o perfume dele.

Castro: princeso é meu pau. - falou e eu ri subindo na moto.

O caminho até em casa foi rápido, mas também né, do jeito que ele andava. Logo castro parou em frente a minha casa e eu respirei fundo. A noite tinha sido tão agradável, fazia tempo que eu não tinha me sentindo tão em paz, então não queria que meus pais estragassem tudo.

Larissa: boa noite, AMIGO. - falei dando ênfase e dei um beijo na bochecha dele.

Castro: vou nessa pegar alguma nega, já que meus planos foram frustrados por culpa de uma mandada marrenta do caralho. - falou e eu ri vendo ele acelerar a moto e sair dali.

Minha escolha.Where stories live. Discover now