Capítulo 2.

5.5K 302 71
                                    

Eu trabalho em um bar que meu pai tem aqui no morro, na verdade sou mais uma escrava né, porque praticamente cuido disso aqui e não recebo nada. Estava encostada no balcão enquanto não tinha nenhuma mesa pra atender, quando olhei pra frente vendo alguns homens virem em direção ao bar, forcei as vistas vendo o castro, fp e alguns vapores. Assim que entraram o fp veio até mim me dando um beijo na testa enquanto o resto se sentava na mesa.

- Como você tá? - Me perguntou pois eu havia contado da última briga dos meus pais a ele.

- Eu tô bem, não se preocupa.

- Me preocupo sim. Tenho vontade de meter o pipoco nesses dois filhos da puta.

- Para. - Pedi olhando pra trás pra conferir se algum dos meninos prestavam atenção na nossa conversa,  mas só encontrei uns olhos escuros em direção a nós dois. Era o Castro, o dono do morro, o cara era absurdamente lindo, porém não valia nada.

Depois de convencer o fp de que eu estava bem, fui pegar as bebidas pra levar até a mesa, e tendo que ouvir as mesmas piadas idiotas de sempre dos vapores.

- Vocês não cansam de ser emocionados não? Tomar no cu, rapá. - Ouvi aquela voz rouca falar.

- Alá, para de caô chefe, vai dizer que você não pensa o mesmo? Mó gostosa. - Um dos vapores falou já me deixando irritada ao máximo.

- Preciso ficar nessas piadinhas não, pô, se eu quiser uma mina eu só vou lá e pego, sem precisar disso. - Castro falou virando o copo de cerveja e assim que eu ia saindo ouvi a voz do meu pai atrás de mim, não precisei nem olhar pra saber que ele estava bêbado.  O cara tem um bar, mas vive se enbebedando no bar dos outros e vem fazer barraco no próprio bar. Sempre a mesma coisa. Tem lógica isso?

- Ao invés de estar trabalhando, tá ai trocando papo com o cara que te sustenta né vagabunda. - Falou se referindo ao fp e na hora eu vi o mesmo levantar da mesa e dar um soco na cara do meu pai, me desesperei sem saber o que fazer quando vi meu pai sangrando no chão e o fp em cima distribuindo socos no seu rosto, olhei pro lado esperando que um dos meninos separassem mas eles olhavam a cena rindo.

- Felipe, sai de cima dele. - Pedi segurando em seu braço e o puxando pra trás, o que não adiantava nada, já que ele era gigante e eu minúscula. - Me ajudem porra, vão ficar só olhando? - Falei e um vapor foi segurar o felipe, nossa, me senti até patroa.

- Isso é pra você aprender a respeitar sua filha, seu filho da puta. E da próxima vez eu pipoco sua cara, arrombado. - Felipe falou olhando fixamente pro meu pai jogado no chão.

- Tá nervoso porque eu falei a verdade. Come essa vagabunda toda noite e agora fica negando? - Meu pai retrucou e na hora o fp tirou a arma da cintura, me tremi toda que não conseguia nem respirar. Fp se abaixou e mirou a arma na cabeça do meu pai.

- Repete, vacilão.

- FELIPE, PARA. - Gritei o empurrando pra trás. - Castro, leva ele daqui, por favor, eu nunca te pedi nada.

- Vamo porra, depois você termina de matar o velho. - Castro falou puxando o fp e eles saíram do bar.

Minha escolha.Onde histórias criam vida. Descubra agora