Larissa descobrirá que é inevitável não vestir uma armadura pra enfrentar um mundo cruel e doentio, assim como Castro descobrirá que é inevitável não perder a armadura quando se apaixona pra valer.
Duas pessoas, dois pensamentos completamente difere...
Depois daquela briga eu ajudei o meu pai a ir até em casa, ouvindo ele me xingando o caminho todo. Quando cheguei em casa ainda tive que escutar minha mãe falando que aquilo foi culpa minha e que eu que mandei o fp fazer aquilo. Senti um ódio tão grande que na hora só consegui me trancar no quarto e chorar, parando só quando escutei meu celular tocar.
- Oi. - Oiiii amiga, vai aceitar ir pro baile comigo hoje? - Brenda perguntou animada do outro lado da ligação. Hoje era sábado e todo sábado tinha um famoso baile aqui no alemão, eu nunca tinha ido porque meus pais sempre me proibiram e infelizmente eu ainda era de menor, mas eu estava tão puta e magoada com o que aconteceu, que resolvi contrariar eles pela primeira vez.
- Vou, bre. Hoje eu vou.
- Para tudo, o que aconteceu? Você resolveu sair da pose de boa moça e dar uma de rebelde ou seus pais foram trocados por alienígenas e deixaram você ir? - Perguntou me fazendo rir. Eu amava essa garota.
- A primeira opção. - Falei rindo. - Você passa aqui?
- Passo sim, quando eu estiver pronta apareço ai pra irmos juntas. - Falou e eu desliguei.
Fui até o banheiro e tomei um banho relaxante, saí minutos depois colocando uma roupa qualquer pra me maquiar sem sujar a roupa do baile, e logo depois escovei o cabelo. Fui no armário e acabei achando uma roupa que me agradou muito, vesti e me olhei no espelho satisfeita com o que vi. Fazia tempo que eu não me sentia tão bonita.
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Saí do quarto e vi meus pais na sala, de imediato os dois me olharam como se não estivessem entendendo nada, então respirei fundo criando coragem para enfrentá-los.
- Eu tô indo pro baile com a Brenda.
- Você perdeu a noção, garota? Você não vai a lugar nenhum. - Minha mãe falou vindo até mim e tentando puxar a bolsa do meu braço, mas eu segurei firme.
- Vou sim. Não vou passar a vida toda aqui trancada só porque vocês querem. Eu tenho uma vida também, sou nova e tenho o direito de me divertir.
- Abaixa o tom, sua vagabunda. - O homem que eu chamava de pai falou vindo até mim já com a mão levantada, mas na hora eu não pensei duas vezes em falar a primeira coisa que me veio na mente.
- Vai pai, me bate, me bate e eu esqueço completamente que você é meu pai e te entrego pro Fp. Ele te deixou avisado no bar hoje, não deixou? - Falei e na hora o vi ficar vermelho, porém tentou disfarçar.
- Quer saber? Vai pra esse baile logo, é bom que você dá logo pra alguém lá, engravida e vai logo embora de casa. - Falou e eu segurei o choro, saí andando e fiquei esperando a Brenda do lado de fora, ela chegou e nós fomos subindo até chegar no baile.
Tava no barzinho com a Brenda quando senti alguém me cutucar por trás, olhei e era um vapor avisando que o Fp chamou a gente pra subir no camarote. Lá era um lugar que só ficavam os traficantes e as meninas que eles geralmente queriam comer. Acabei subindo com a Brenda que não parava de falar um minuto o quanto tava se sentindo importante de ir pro camarote, assim que subimos eu olhei ao redor vendo várias meninas se esfregando nos traficantes, o fp veio até nós já olhando pra Brenda, ele sempre dava esses olhares nela, mas a Brenda sempre fazia a sonsa, quando na verdade ela queria sentar e sentar bem gostoso pro meu amigo, era tão nítido. Conversei com o fp um pouco e logo ele emplacou uma conversa com a Brenda... era isso mesmo? No meu primeiro baile eu ficaria de vela?