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A banda Poison sofre um abalo quando Jorja, a vocalista de anos, morre inesperadamente após uma overdose. Com a estreia em um dos bares mais badalados de Nova Iorque se aproximando, Park Taehyun...
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NOTAS (abram os comentários)
♫
Porque ninguém quer seguir por si próprio
Todo mundo quer saber que não está sozinho
— Gotta Be Somebody, Nickelback
J E O N G G U K
Taehyung não apareceu por três dias seguidos.
Na terça, quando Jeongguk estava preocupado o suficiente a ponto de cogitar arrombar a porta dele para ver se não tinha um defunto no sofá, escutou a risada melodiosa vindo do corredor e se exaltou por um instante, colocando uma perna na frente da outra antes de perceber que estava agindo como um idiota.
Um imenso idiota. Um idiota que talvez merecesse um tapa na cara para aprender a pensar direito.
Taehyung não lhe devia satisfações sobre nada, muito menos sobre um simples sumiço. Jeongguk estava meio agoniado pelo diálogo do fim daquela noite ter acabado todo errado, com um monte de pontas soltas, mas o que ele achava que aconteceria? Que Taehyung o convidaria assim, nem mais nem menos, para participar da banda dele?
Tinha sido tão ingênuo e impulsivo, normalmente não era desse jeito. Jeongguk costumava pensar antes de falar, pensar antes de agir e pensar antes de decidir. Que porra estava acontecendo? Parecia um maldito adolescente, um maldito adolescente que se surpreende com qualquer coisa.
Encostou o corpo na porta, de costas, e escutou Taehyung tagarelando com Jimin do lado de fora, quase não parecendo a mesma pessoa que chorou antes de entrar no apartamento, depois de passar pelo menos a metade de uma noite que era para ser divertida com um rosto melancólico que chegava a dar calafrios.
Suspirou, cansado. Jeongguk tinha pena dele, mas não queria se envolver demais, por mais que estivesse pensando constantemente nas coisas que Cassie disse, no tanto de informações pesadas que precisou ouvir de uma vez só. De repente, da noite para o dia, queria ver Taehyung o tempo inteiro e se certificar de que ele estava bem, olhar nos olhos dele e dizer que entendia, que sabia e que sentia. Só queria dizer que ele não não estava sozinho e que não precisava passar por nada desse tipo sem ninguém do lado.
Mas talvez Taehyung se sentisse ofendido. Talvez ele tenha sumido de propósito, para evitar uma conversa. Talvez...
Abriu os olhos e olhou para cima, franzindo as sobrancelhas conforme se lembrava mais profundamente da conversa com Cassie, das partes que escaparam da sua mente por culpa da bebida.
Apertou hesitante a maçaneta da porta, puxando-a para trás lentamente depois de destrancá-la, colocando só a cabeça para fora para comprovar a ideia que rondava o cérebro.
