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A banda Poison sofre um abalo quando Jorja, a vocalista de anos, morre inesperadamente após uma overdose. Com a estreia em um dos bares mais badalados de Nova Iorque se aproximando, Park Taehyun...
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Contém efeitos negativos físicos e psicológicos ao uso de drogas (sem overdose), gatilho de ansiedade e 3some
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NOTAS (abram os comentários)
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Não esqueçam de votar e comentar, é assim que eu sei se estão gostando da fic, então me deixem saber, tudo bem? <3
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J E O N G G U K
— Dias antes do último show da turnê
Jeongguk achava que conseguia escutar os gritos dos fãs do Metallica até com os fones de ouvido bem apertados nas orelhas. Os gritos eram histéricos, alguns até mesmo pareciam vidro espatifando, e Jeongguk não sabia direito se achava isso legal ou um tanto apavorante, seus olhos agitados indo do rosto de Taehyung ao de Namjoon incessantemente, seus dentes rangendo silenciosamente e delicadamente a carne do lábio pintado de vermelho, suas mãos subindo e descendo pelo tecido grosso da calça jeans.
Jeongguk estava absurdamente nervoso e não sabia o motivo disso, já que tinha cheirado cocaína um pouco antes de entrar no camarim. A cocaína sempre teve um efeito bom em seu cérebro, fazia seu coração bater disparado de emoção e não de ansiedade, fazia seu corpo ter vontade de pular, dançar e girar até não conseguir mais se sustentar apenas com as pernas, fazia todos os problemas desaparecerem como fumaça de cigarro no frio, fazia todos os dias parecerem mais leves e suportáveis. Hoje, no entanto, estava tudo meio estranho e desconexo, meio agitado de um jeito nada legal, e alguns pensamentos negativos começavam a aparecer bem lentamente, o medo apertando de leve sua nuca.
Jeongguk estava preocupado e sua respiração sobrecarregada não ajudava em nada. Sentia-a pesada na garganta. Sentia-a descendo e subindo como um jato nojento de vômito. Sentia-a pulsando no estômago, avisando que, em breve, simplesmente falharia, e Jeongguk sentiu medo de parar de respirar de repente, talvez antes de subir no palco, talvez já em cima dele.
Não era o único nervoso por ali. A banda inteira andava em um frenesi irritado que soava assustador. Jeongguk achava que isso era culpa da falta de comida. Eles não comiam direito, também não dormiam quase nada, e não era tanto pela rotina agitada, mas algo entre isso e a facilidade em conseguir algumas drogas. Eles simplesmente sobreviviam de música, de cocaína, de maconha e de álcool forte, nada de cerveja barata ou vodca em garrafas de plástico, mas uísque de qualidade e destilados importados que faziam um estrago muito maior, já que o sabor era realmente agradável e eles só sentiam vontade de parar quando já estavam absurdamente bêbados.
O fato é que estava sendo divertido no começo, eles só ficavam felizes e selvagens, muito mais desinibidos, isso era legal e novo, uma sensação diferente que fazia tudo parecer fácil de vencer e conquistar, mas agora, desde algumas poucas semanas atrás, a sensação parecia intensificar certos medos e preocupações, e era difícil se concentrar só na alegria e na euforia, porque elas se tornavam minúsculas perto da falta de ar, do desespero e da agitação mental, o coração apertado no peito pesando muito mais que uma guitarra ou uma bateria.
