Você é tão lerdo, Midoriya.

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Notas anteriores da autora:

Demorei, mas apareci kkkkk

Boa leitura!

Notas recentes da autora:

Capítulo com leves mudanças, nada extremo...


A capa nova ainda está em produção, aguardem mais um pouquinho! 💙
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— Não acredito que nós vamos ter que ficar depois da aula — Midoriya bufou, se debruçando sobre a carteira. — você podia ter respondido qualquer outra coisa — murmurou e inflou as bochechas. Por que ele não diz isso para o amor da vida dele? Já que foi aquele idiota que o culpou também.

O olhei de canto e respirei fundo. De fato, eu era o mais culpado de nós dois. Nós passaríamos a sexta-feira inteira, trancados dentro da escola limpando nossa sala, graças a mim e minha boca grande. Claro que não foi minha intenção — foi sim — de mandar Katsuki ir tomar onde o sol não bate, exatamente no momento em que um professor estava por perto, mas quem aguenta um garoto irritante como ele, perguntando e perguntando, diversas vezes a mesma coisa?

Eu que não! Ainda mais depois de perceber o quanto Midoriya baba por aquele animal de teta. Ao menos nos livramos de explicar o porquê do Izuku falar tanto nele. Por enquanto, mas nos livramos.

— Tanto faz — dei de ombros e continuei a copiar o que o professor de inglês rabiscava no quadro. Não que eu esteja prestando atenção, mas eu quero tanto dispersar a minha mente com outras coisas, que até uma mosca já é o suficiente. Eu apenas não quero olhar para o Midoriya... — Só preste atenção, sim? — Por dentro eu estava uma mistura de "uhuull iremos ficar sozinhos depois da aula, nesta escola enorme", mas por outro lado era "eu não quero nunca mais olhar na tua cara, Izuku". Sim, eu me chamo Todoroki Bipolar Shoto.

— Qual a tradução da palavra love, Todoroki? — O professor perguntou, me assustando e fazendo com que eu ficasse alguns segundos sem saber como reagir. — Não sabe? Eu acabei de explicar — cruzou os braços em frente ao peito e suspirou.

— Dor — aumentei os olhos, só percebendo a tamanha bobeira que eu havia dito quando os outros alunos começaram a rir sem parar da minha cara — a não ser por Bakugo, que estava todo sério e me encarando com cara de poucos amigos, do outro lado da sala. Parabéns para mim, eu deixei mais do que escancarado para quem quiser ver que eu estou apaixonado e, sofrendo por alguém.

— Vejo que tenho um aluno apaixonado aqui — O professor brincou. Abri um sorrisinho sem graça e cocei a nuca, também entrando na sua "brincadeira", afinal o que é um peido para quem tá cagado?

— Mas a tradução certa é amor.

É tão triste que chega a ser engraçado.

— E sempre vem acompanhado da palavra pain, não é? — perguntei retoricamente, sem coragem de encarar Izuku, o qual eu tinha certeza de que estava me olhando com a boca aberta, surpreso.

— Devia ir consolá-lo, Midoriya — Eu conhecia aquela voz, era Kirishima, fazendo suas piadas tipicamente idiotas. Novamente, as risadas inundaram a sala de aula.

Mas eu não consegui sorrir. Quão menos rir... não sei se este fora o motivo, mas fomos todos surpreendidos pelo professor, que bateu com as duas mãos sobre sua mesa, chamando nossa atenção, alegando que ainda estávamos dentro de uma sala de aula e não num circo.

É claro que estamos em um circo, professor. O circo do palhaço trágico, Todoroki Shoto — dramático sim claro ou com certeza? Me contrata SBT! Posso ser a nova Maria do Bairro.

Como (não) perder o BV em 30 dias │em revisãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora