29: O passado que deveria estar trancado nunca foi tão amedrontador quanto agora

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eh meus nenês..... penúltimo capítulo 🥺
mas nada de choro agora, vamo deixar pro último cap 😔✌🏻
viram a capa nova da fic? linda, né? ihihihi
boa leitura!!!! 💗

[ 🍶 .*+ ]

Seojun tinha o mesmo sorriso desdenhoso e impetuoso, mesmo sentado ao lado de seu advogado, atrás da mesa de madeira, com os braços cruzados. Ele me olhava, de cima à baixo, deixando-me, de certa forma, desconfortável. Changkyun conversava com o júri, dera-lhes folhas das notícias em que Seojun perdeu o controle e sua agência o encobriu, alegando que estava bêbado. Assim que o Lim se virou para mim, desviei o olhar. Não queria que ele pensasse que eu precisava ser salvo dos orbes catastróficos e intimidadores de Seojun, muito menos que ele acabasse por insultá-lo e todo o propósito daquele julgamento fosse esquecido e, também, perdido.

Pela manhã, antes de sair para o julgamento, encontrei-me com Jooheon e Minhyuk. Ficamos longas horas conversando sobre como estaria minha saúde mental no momento em que eu cruzasse o caminho de Seojun novamente. Minhyuk era quem mais estava preocupado, havia dias em que eu o ligava, aos prantos, trancado no banheiro de meu apartamento, com Zen ao meu lado, pedindo para que Minhyuk se tornasse meu salvador e expulsasse Seojun, que, no final de nosso relacionamento mais parecia um bebum que uma figura pública. Jooheon também cansou-se de intimidar Seojun quando descobriu que ele havia me socado, podia não parecer, mas o Lee conseguia ser atemorizante. Changkyun e Hoseok, cujos estavam na cozinha, ouviam tudo, em silêncio. Vez ou outra, meu olhar se encontrou com o do Shin, o qual abaixava a cabeça e mordia o interior da bochecha, controlando a raiva que sentia de Seojun, e aposto que ele se amaldiçoava por não conseguir fazer nada a respeito; se bem que os únicos que sabiam do terror que foi a minha relação com Seojun eram Minhyuk e Jooheon.

— Kihyun — pisquei múltiplas vezes antes de voltar à órbita. Olhei para Changkyun, que tinha o cenho crispado, preocupado e hesitante — nós iremos começar — assenti, com os lábios contorcidos — foque em mim, não pense em olhar para Seojun, hm?

Concordei com seu pedido, dando-o um sorriso sem mostrar os dentes. Changkyun limpou a garganta antes de, pelo o que pareceram anos, olhar mortalmente na direção de Seojun e seu advogado, então, caminhou para o centro da sala, com as mãos nos bolsos. Jeonghan, ao passar por mim para sentar-se na mesa em que encontrava-se a defesa e, consequentemente, Changkyun, deu-me tapinhas leves nas costas e, além de sussurrar um "vai ficar tudo bem", agradeceu-me. Sorri.

Eu não consegui prestar muita atenção nos argumentos de Changkyun, todavia, tinha a certeza de que eram os melhores possíveis; afinal, ele era, não somente aos meus olhos, mas aos de todos que seguiam o ramo, um dos melhores advogados que poderia existir. Eu sentia como se estivesse dentro de uma bolha de água, a qual, pouco a pouco, se acomodava em meus pulmões. De fato, o resultado daquele julgamento impactaria na minha carreira e na de Seojun, mas isso não importava, já que a justiça seria feita. Todas as vezes em que Seojun encostou suas mãos pútridas não só em mim mas em seus outros companheiros transformariam-se em areia movediça e, nela, ele afundaria.

No instante em que Changkyun apontou para mim, eu ainda viajava em meus pensamentos, de maneira com que eu só fosse raciocinar normalmente quando Seojun rira. Endireitei a coluna, sabendo que aquele momento era o momento decisivo.

E então, Yoo Kihyun. O que tem para nos dizer sobre sua relação com Seojun? — indagou o Lim. Changkyun cruzou os braços em seguida, ele aproximou-se da cadeira em que eu estava e esperou minha resposta pacientemente.

Pigarreei, passando os olhos por todos que estavam participando do julgamento. O júri, os oficiais de justiça, Jeoghan, Seojun, o assistente deste e, por fim, pairei sobre Changkyun. Respirei fundo.

A LEI DO AMOR「 Changki 」Onde as histórias ganham vida. Descobre agora